Uma avaliação do Ministério da Saúde sobre o funcionamento das unidades básicas de saúde demonstrou que 70% das equipes de saúde da família de Curitiba têm desempenho acima da média ou muito acima da média. Das equipes de saúde bucal, 62,7% ficaram nesse patamar.
A avaliação das equipes é feita por pesquisadores externos que visitam as unidades de saúde, analisam sua estrutura física, equipamentos e entrevistam profissionais e usuários. O Ministério da Saúde faz uma média levando em conta mais de 30 mil equipes certificadas no Brasil e as classifica nos seguintes níveis: muito acima da média, acima da média, na mediana ou abaixo da média, e insuficiente.
O levantamento é um dos requisitos para calcular o valor do repasse federal aos municípios: dependendo da nota recebida, as cidades recebem um financiamento maior ou menor para a atenção básica. Com a avaliação recebida e também com a ampliação do número de equipes inscritas, os repasses para Curitiba sobem de R$ 11 milhões para R$ 15,8 milhões ao ano.
Desde 2012 o Ministério da Saúde realiza a avaliação do funcionamento das unidades de saúde e avalia as notas das equipes de saúde da família, de saúde bucal e dos núcleos de apoio ao saúde da família (NASFs). Em 2013, Curitiba inscreveu 452 equipes no Programa da Melhoria da Qualidade e do Acesso na Atenção Básica (PMAQ-AB). Dessas, 433 foram certificadas no programa. Em 2012, o Município havia inscrito 153 equipes.
De acordo com o secretário municipal da Saúde, Adriano Massuda, a avaliação do ministério reforça a qualidade e a potência da rede e dos profissionais de saúde de Curitiba, mas aponta também as reformas que precisam ser feitas para que os avanços sejam maiores. “Expandir a saúde da família e tornar as unidades mais acessíveis e resolutivas é uma meta central da gestão”, disse o secretário.
Melhor avaliada
Dentre as capitais brasileiras, Florianópolis recebeu a melhor avaliação do país: 89,4% das equipes receberam avaliação acima ou muito acima da média. Recentemente a capital catarinense comemorou também o menor índice de mortalidade infantil do Brasil. Atribui-se a esse resultado o fato de o município haver levado o modelo Saúde da Família para mais de 95% da população.
As equipes de saúde da família são formadas por médico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem e agentes comunitários de saúde. As equipes de saúde bucal são formadas por dentistas, auxiliares de saúde bucal e técnicos de saúde bucal. O modelo busca aumentar a resolutividade das unidades básicas além de aproximar os profissionais da comunidade.
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