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sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Maternidade congelada


A matéria publicada na revista Época, em 20 de outubro (p. 11), surpreendentemente, leva a questão da Reprodução Assistida a questionamentos antes inimagináveis sobre o aspecto da Bioética e do Biodireito.

Roberto Wider Do: Jb (reproduzido no Portal Geledés)


Oferecer um prêmio financeiro às mulheres trabalhadoras jovens para não engravidarem em benefício das empresas, suscita além das questões dos valores humanos envolvidos, com a preservação da dignidade humana como valor maior, matérias objetivas, tais como:

1. Não seria uma forma de retroceder e amarrar a independência feminina, conquistada a duras penas, aos interesses econômicos das empresas?

2. Trabalhar com a opção da gravidez só ocorrer depois dos 40 anos, com a utilização dos óvulos congelados, significa que após esta idade, quando a trabalhadora terá certamente mais experiência e maturidade, ela seria dispensável?

3. Desconsiderar que a maternidade depois dos 40 anos pode elevar o risco de concepções menos saudáveis, além de que a gravidez para cada óvulo descongelado é menor?

Não se omitam todos os interessados de hoje e do futuro desta nossa já tão sofrida humanidade.

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