O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lançou hoje a sétima edição do Boletim de Análise Político-Institucional.
Uma das análises no boletim, intitulada “Macroeconomia e Saúde: apontamentos para uma agenda de pesquisa”, de autoria de Salvador Vianna, trata da relação entre as políticas macroeconômicas no Brasil recente e o setor da saúde.
O autor argumenta que o SUS tem grande impacto positivo sobre a economia brasileira, contribuindo para a geração de investimentos, de inovações, de renda, de emprego e de recursos fiscais: segundo o estudo, a cadeia produtiva da saúde movimenta um volume de recursos superior a 6% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e gera 7,5 milhões de empregos diretos e indiretos em toda a cadeia produtiva. Assim, também em termos econômicos, a saúde é estratégica e precisa estar inserida em uma política de desenvolvimento.
Ainda segundo o autor, a expansão dos gastos globais se reflete no surgimento de desequilíbrios no setor industrial ligados ao complexo da saúde: os gargalos produtivos e a falta de investimentos em áreas de alto conteúdo tecnológico impactam a balança comercial com o aumento crescente do conteúdo importado. O autor aponta também que, apesar dos avanços do SUS, os gastos privados vêm ganhando importância crescente no orçamento das famílias.
Assim, para Vianna, a integração entre as políticas voltadas para o desenvolvimento do sistema de saúde e aquelas voltadas para a promoção do desenvolvimento industrial e da inovação é uma forma de garantir ao país benefícios econômicos gerados pelos gastos em saúde.
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"O que tem fome e te rouba o último pedaço de pão, chama-o teu inimigo... Mas não saltas ao pescoço do teu ladrão que nunca teve fome." Bertolt Brecht
quarta-feira, 5 de agosto de 2015
Ipea: macroeconomia e investimentos em saúde no Brasil
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