no Correio da Saúde - CAO das Promotorias de Proteção à Saúde Pública MP-PR
Essa é a conclusão de Margareth Dalcomo, pesquisadora da Fiocruz, no recente artigo “Tuberculose não é coisa do passado”, publicado em O Globo, em 26 de março deste ano, e na edição da revista Radis de maio de 2015.
Com incidência muito maior nas populações de presidiários, indígenas e pessoas em miséria, a tuberculose todo ano ainda mata milhares de pessoas no Brasil. No Paraná o número de casos novos também continua aumentando nos últimos anos.
Como isso é possível, se o Brasil é exemplar na regulamentação do diagnóstico e do tratamento, com oferta de assistência integral e resolutiva no SUS, inclusive com fornecimento universal de todos os medicamentos eficazes para cura?
Talvez a parte da resposta sejam as deficiências da atenção primária no SUS.
Acreditando nisso, recentemente o CAO, com subsídios técnicos da Secretaria de Estado da Saúde, detectou os municípios paranaenses com maior fragilidades na assistência em tuberculose, em especial com menores índices de execução do tratamento diretamente observado (TDO, que consiste na observação direta da tomada diária da medicação pelo paciente, por parte de profissional de saúde). A literatura preconiza que para todo caso de tuberculose deve-se realizar o TDO (pois não é possível predizer os casos que irão aderir ao tratamento).
O CAO já encaminhou às Promotorias de Proteção à Saúde com atuação em todos os municípios paranaenses com baixo índice de aplicação do TDO um modelo atualizado de recomendação administrativa para provocar a gestão municipal do SUS a qualificar a assistência.
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