Uma proposta em estudo pelo governo federal prevê que o Sistema Único de Saúde ofereça dois métodos contraceptivos de longa duração para evitar gravidez entre adolescentes. O primeiro é um implante sob a pele, colocado no antebraço, que libera um hormônio para inibir a ovulação e tem duração de 3 anos. O outro é um DIU – dispositivo intrauterino – que libera doses diárias de hormônio e dura 5 anos.
A medida está em consulta pública e foi proposta pela Associação de Ginecologia e Obstetrícia. De acordo com a autora do documento e presidente à época da Comissão de Anticoncepção da Associação, Marta Finotti, a intenção é mostrar para as jovens a importância do planejamento familiar.
Mas a proposta é alvo de críticas de algumas organizações. Para Ari Ferreira, voluntário de um grupo jovem, o projeto pode aumentar as taxas de transmissão de doenças sexualmente transmissíveis, já que os adolescentes podem achar que o preservativo é desnecessária.
A autora da proposta diz que, mesmo com o uso dos contraceptivos de longa duração, a recomendação é sempre usar a camisinha.
Quem quiser pode opinar na consulta pública sobre o oferecimento dos métodos para adolescentes pelos SUS. A medida está disponível até o dia 2 de fevereiro na página da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS. Os interessados podem acessar: conitec.gov.br.
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