O ministro da Saúde Ricardo Barros (PP) corre risco de sofrer impeachment do cargo por incompetência e má-fé. Servidores e usuários do SUS debaterão essa proposta na próxima terça, 16 de agosto durante o seminário “Estado de sítio fiscal no SUS – Debate Futuros do Brasil”.
O impedimento de ministros de Estado está previsto no Art. 54 da Constituição Federal de 1988.
O evento será realizado das 14 horas às 17 horas no auditório do Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz, no Rio de Janeiro. O Blog do Esmael vai transmitir ao vivo para o Brasil e o mundo.
Por não ser da área da saúde, Barros tem cometido atentados contra o Sistema Único de Saúde e gerado protestos de profissionais e usuários. A última dele foi declarar que homens utilizam menos o serviço médico porque trabalham mais que as mulheres.
Os homens “trabalham mais do que as mulheres e são os provedores” das casas brasileiras, assim “possuem menos tempo”. A fala do ministro foi considerada misoginia, machista e sexista.
Mês passado, Barros já se envolvera em outra polêmica ao dizer que os pacientes imaginam doenças e que isso sobrecarrega e encarece o Sistema Único de Saúde.
O ministro, cujo partido é o mais citado na Lava Jato, é chamado pelos usuários do SUS como “ministro dos planos de saúde privado”. A militância de Barros contra o sistema justifica-se pelo fato da campanha dele ter sido financiada por empresário de plano de saúde privada.
Mas não há mal que dure para sempre. No Palácio do Planalto são favas contadas que Ricardo Barros será defenestrado, caso o impeachment de Dilma Rousseff seja consumado no Senado. Talvez nem dê tempo de o pedido de impeachment do ministro tramitar antes de uma solução na política.
Resumo da ópera: se o interino Michel Temer ficar, Barros cai; se Dilma voltar, Barros também cai. Ou seja: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.
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