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quinta-feira, 30 de março de 2017

Curitiba: Impedida de visitar UPAs, vereadora critica Secretaria da Saúde


  • “Não podemos ser 'trolados' na nossa função, se tem alguma coisa a esconder, de nós não pode ser”, afirmou Rogério Campos. (Foto: Chico Camargo/CMC)
  • A vereadora Maria Leticia Fagundes reclamou que não pôde visitar as Unidades de Pronto Atendimento dos bairros Boqueirão e Boa Vista. (Foto: Chico Camargo/CMC)
  • Colpani, vice-líder do prefeito na Casa, acredita que o prefeito Rafael Greca não saiba dessa determinação. (Foto: Chico Camargo/CMC)
  • Tico Kuzma acredita que houve uma falha de comunicação. (Foto: Chico Camargo/CMC)
  • “A senhora está no exercício da sua função, independente do prefeito saber ou não”, disse Cacá Pereira. (Foto: Chico Camargo/CMC)
  • “Não podemos ser 'trolados' na nossa função, se tem alguma coisa a esconder, de nós não pode ser”, afirmou Rogério Campos. (Foto: Chico Camargo/CMC)
  • A vereadora Maria Leticia Fagundes reclamou que não pôde visitar as Unidades de Pronto Atendimento dos bairros Boqueirão e Boa Vista. (Foto: Chico Camargo/CMC)


A vereadora Maria Leticia Fagundes (PV) reclamou, na sessão plenária desta terça-feira (28), da negativa que recebeu ontem para fiscalizar as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) dos bairros Boqueirão e Boa Vista. Ela relatou que havia agendado a ida aos equipamentos, mas que, por uma orientação da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), ela só poderia ir às UPAs na presença da superintendente da pasta. “Fiquei surpresa. Liguei à Secretaria para compreender por que uma vereadora não pode ir, a qualquer momento, nas unidades de saúde?”, indagou.

“A chefe de gabinete da Secretaria de Saúde me disse que a informação procedia e que, além disso, eu deveria enviar um e-mail com o assunto da visita e que se eu precisasse de fotos, deveriam ser feitas pelo fotógrafo oficial da secretaria. Penso que o prefeito não tenha conhecimento dessa determinação, porque ele se elegeu falando em transparência e foco na saúde”, completou Maria Leticia. A vereadora classificou as atitudes do Executivo como “arbitrárias e arrogantes”.

O segundo vice-líder do prefeito na Casa, vereador Colpani (PSB), acredita que o prefeito Rafael Greca não saiba dessa determinação. “Concordo que não deve existir este tipo de cerceamento, que o vereador não pode ser impedido, porque foi eleito pelo povo”, afirmou. Já Tico Kuzma (Pros) acredita que houve uma falha de comunicação e que esta não seja uma determinação do chefe do Executivo. “A Lei Orgânica do Município é clara ao determinar o direito inviolável do vereador, no exercício do mandato, ao livre acesso aos órgãos públicos para solicitar informações”, reforçou. 

“A senhora está no exercício da sua função, independente do prefeito saber ou não. Isso não se determina a ninguém, ainda mais a quem foi eleito democraticamente. Estamos aqui sem cabresto nem coleira. Neste local eu poderia sair preso, mas não deixaria de fazer o que tenho que fazer”, protestou Cacá Pereira (PSDC). “Na legislatura passada aconteceu algo parecido comigo, quando fui visitar de madrugada algumas UPAs, e tive restrições, que não poderia tirar fotos. Estou fazendo meu trabalho de fiscalizar. Não podemos ser 'trolados' na nossa função, se tem alguma coisa a esconder, de nós não pode ser”, interpelou Rogério Campos (PSC). 

Professora Josete (PT) lamentou a atitude da Secretaria de Saúde e disse esperar que o prefeito determine que isso não volte a acontecer. “Críticas não devem ser entendidas como para a pessoa do prefeito, mas para a gestão, para que a política pública aconteça da melhor maneira para o cidadão”, pontuou. Também se manifestaram sobre o tema os vereadores Osias Moraes (PRB), Maria Manfron (PP), Oscalino do Povo (PTN) e Zezinho Sabará (PDT).

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