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domingo, 20 de agosto de 2017

Sobre a marca na mão pra não repetir merenda em São Paulo




Vou confessar aqui sobre o meu passado: EU REPETIA, AS VEZES MAIS QUE DUAS VEZES. 

Estudei na escola pública perto da casa dos meus pais. Minha mãe era pedagoga de lá. Não tinha cantina pra comprar lanche ( depois tinha em outra escola pública um pouco maior que estudei ) Digo isso porque talvez eu e meus irmãos teriamos um pouco de mais condições para comprar. Porém, a maioria dos meus amigos não tinha. 

Eu era amiga de uma menina que os olhos brilhavam na fila do lanche. Então, eu me empolgava com empolgação dela pela merenda. A gente repetia as 10 da manhã sopa de feijão! AS vezes tres vezes! Eu chegava meio empanturrada em casa. Mas, nunca esqueci dos meus muitos amigos que comiam aquilo lá com os olhos brilhando. 

Comer, não deveria nem se chamar "direito"..Mas estamos vivendo tempos que é preciso defender o óbvio. Que tristeza.

(*) Ana Carolina Caldas é jornalista, pedagoga e é mãe da Manuela (Manu para os íntimos). A Manu tem 6 anos.

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