A atual gestão na área da Saúde Pública tem um elefante branco que atende pelo nome de Hospital Regional de Telêmaco Borba. Inaugurado em 2010, a unidade já custou R$ 23 milhões de reais, mas jamais recebeu pacientes. Enquanto isso, 200 mil usuários do SUS de sete municípios seguem tendo de encarar longas viagens quando precisam de atendimentos mais complexos.
O relatório anual de gestão de 2012, elaborado pelo próprio governo, apontava que 93% da obra estava concluída e previa que o hospital seria inaugurado no primeiro semestre de 2013. Já com as 20 UTIs, que não haviam sido previstas no projeto inicial. Nada feito!
Mais tarde surgiu a promessa de entregar no final de 2014. De novo, prazo descumprido.
Em 2015, o SindSaúde enviou uma equipe de comunicação para ver em que pé estava a obra, o que de fato impedia a inauguração. Constatação do Sindicato: o mais puro descaso. Equipamentos novos abandonados e um prédio praticamente pronto encostado. Abandonado à própria sorte.
Pouco tempo depois, nas eleições de 2016, um novo prazo foi estabelecido: primeiro semestre de 2017. E não é que mais uma vez a população ficou no vazio?!
Mas afinal, o que impede o governo de colocar o hospital pra funcionar?
Uma das explicações surgiu há alguns meses, quando foi anunciado que o hospital seria privatizado. A administração ficaria a cargo da Funeas – Fundação Estatal de Atenção em Saúde do Estado do Paraná – uma Fundação privada criada pela gestão e que assumiu a primeira unidade em setembro de 2016.
Ano de eleição, nova data para a inauguração. Aproveitando o aniversário da cidade a terceira inauguração seria dia 21 de março. De novo foi adiada. A inauguração foi remarcada para 2 de abril.
Em meio a toda essa confusão, duas coisas chamam a atenção: a primeira é que todos os cargos comissionados já estão preenchidos, antes mesmo de o hospital começar a funcionar.
A segunda é que mesmo com centenas de servidores aprovados no concurso de 2016, prontos pra assumir a vaga, a Funeas vai empregar profissionais por contrato de trabalho em processos simplificados. Esses profissionais vão receber 50% menos que os trabalhadores da Sesa.
*Título original da postagem modificado pelo blog do Mario.
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