Demorou três horas (das 15h às 18h) uma visita do Gaeco à secretaria estadual da Saúde Pública nesta segunda-feira. Os servidores da pasta ainda estavam eufóricos com a vitória do Brasil contra o México quando os visitantes começaram a fazer perguntas e requisitar documentos referentes à gestão da Funeas (Fundação Estatal de Atenção em Saúde do Estado do Paraná) dos tempos em que Michele Caputo era secretário da Saúde. Não se sabe exatamente o que procuravam os promotores do Gaeco, braço policial do Ministério Público Estadual.
A Funeas foi criada em 2016 pelo governo do Paraná para fazer a administração de parte dos serviços de saúde oferecidos pelo estado para, de início, administrar unidades estaduais: o Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicos, a Escola de Saúde Pública do Paraná e também o Centro Hospitalar de Reabilitação (CHR), no bairro Cabral, em Curitiba; o Hospital Regional do Litoral, em Paranaguá; o Hospital Estadual de Guaraqueçaba; e o Hospital de Telêmaco Borba.
A construção do hospital de Telêmaco Borba começou ainda no governo de Roberto Requião, mas só foi inaugurado em 2018 ainda sem condições de funcionamento pleno. Até dias atrás, não dispunha nem de telefone; equipamentos ainda estavam encaixotados; clínicas médicas e centros cirúrgicos fechados; alas ainda precisando de obras civis.
O ex-secretário Michele Caputo é pré-candidato a deputado estadual pelo PSDB.
Atualização publicada no Contraponto:
Atualização publicada no Contraponto:
Saúde e Gaeco desmentem “visitinha” à secretaria de Saúde
03 julho - 2018 - 16:20
O Gaeco, braço policial do Ministério Público Estadual, nega ter feito visita-surpresa à secretaria estadual de Saúde, ao contrário de informação veiculada por este Contraponto na segunda-feira (2). A assessoria de imprensa da pasta também afirma que a nota “é mentirosa. Não houve nenhuma visita à Secretaria de Estado da Saúde (SESA) e nenhum questionamento oficial sobre as atividades desenvolvidas pela Fundação Estatal de Atenção à Saúde (Funeas).
Não é por falta de assunto que a visita não ocorreu. Só o SindSaúde, o sindicato dos servidores estaduais da saúde do Paraná, já ingressou com quatro representações e denúncias junto ao Ministério Público Estadual dando conta de graves situações encontradas em unidades administradas pela Funeas em prejuízo da população, além de uma Ação de Declaração de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF).
As denúncias abrangem principalmente irregularidades encontradas em hospitais de Paranaguá, Telêmaco Borba e Campo Largo.
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