por Cid Benjamin (no FB da Maria Fernanda Arruda)
"Não considero a coragem física um atributo exclusivo da esquerda.
Certamente há direitistas corajosos.
Mas, alto lá!
Considerar Brilhante Ustra "um herói" é um escárnio.
Ele participou de alguma guerra em que tenha mostrado bravura?
Participou de alguma batalha que fosse?
Participou mesmo daqueles enfrentamentos armados em que os integrantes da repressão política estavam em franca superioridade?
Ao que se saiba, não.
Ustra ficava no DOI-Codi, esperando a chegada dos militantes de esquerda presos.
Lá, ordenava os interrogatórios sob tortura, sendo que, muitas vezes, participava pessoalmente dela.
Então, qual o heroísmo em receber um preso algemado ou amarrado, encapuzá-lo, pendurá-lo no pau-de-arara, espancá-lo, dar-lhe choques elétricos, afogá-lo ou assassiná-lo?
Repito: onde está o heroísmo em fazer isso?
Pois, a exemplo do que tinham afirmado o capitão paspalhão e outros deputados de extrema-direita quando da votação do impeachment de Dilma, o general vice do paspalhão repetiu essa lorota na sua entrevista à GloboNews.
Também ele se referiu a Ustra como "herói".
O lamentável é que nenhum dos entrevistadores tenha feito as perguntas óbvias: "Herói por quê? Que ato de heroísmo se conhece dele? Ter torturado e assassinado presos indefesos?"
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