Gazeta do Povo
O médico portorriquenho Andres Ortiz conseguiu ser contratado e prestar atendimento no Pronto Socorro Municipal de Carlópolis, no Norte Pioneiro, por quase três meses, sem ter registro no Conselho Federal de Medicina (CFM) nem na representação regional do órgão no Paraná.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Carlópolis, o clínico geral atendia casos de urgência e emergência no pronto-socorro que funciona junto ao Hospital São José em plantões de 24 horas. O profissional recebia R$ 800 por dia trabalhado, o que garantia a Ortiz um salário mensal de quase R$ 10 mil.
O prefeito da cidade, que também é medico, Isaac Tavares da Silva (PMDB) confirmou que o clínico geral realmente não tinha o CRM e reconheceu o seu erro em contratar um profissional sem registro no órgão que fiscaliza a profissão, mas justificou que a ausência de médicos nas pequenas cidades do interior faz com que "seja preciso apressar o processo para não deixar a população sem atendimento". Uma pesquisa feita na página na internet do Conselho Federal de Medicina confirmou que Andres Ortiz não tem registro em nenhum estado do Brasil. De acordo com o Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR), para poder exercer a profissão é preciso que o profissional esteja inscrito tanto no CRM quanto no CFM.
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