Proposta, que já está na Assembleia, facilita convênio com organizações sociais
Novo modelo permite OSs em serviços já existentes, autoriza complementação salarial de servidores e libera acordo com fundação
DA REPORTAGEM LOCAL FSP
HÉLIO SCHWARTSMAN
DA EQUIPE DE ARTICULISTAS
São três as principais mudanças em relação à lei das OSs hoje vigente no Estado: 1) será permitido que passem a atuar em serviços de saúde já existentes (antes, só em novos serviços); 2) será permitida a complementação salarial aos servidores públicos afastados para essas entidades; 3) será possível que fundações de apoio aos hospitais de ensino atuem como OSs, desde que existam há pelos menos dez anos.
"Está provado: com as OSs já implantadas, temos conseguido fazer 25% mais atendimentos a um custo 10% menor", disse o secretário estadual da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, na audiência pública realizada na última terça-feira na Assembleia Legislativa, convocada para discutir o modelo. "O que o projeto está propondo é o aprofundamento de uma experiência que já é tão bem sucedida", disse.
Criadas a partir de 1998, quando a legislação federal passou a admiti-las, as organizações sociais são entidades privadas sem fins lucrativos credenciadas e contratadas pelo poder público para prestar serviços que anteriormente eram fornecidos diretamente pelo Estado. Os defensores do modelo afirmam que a vantagem operacional é que ele confere ao administrador mais agilidade, por livrá-lo da obrigatoriedade legal de fazer licitações e concursos públicos.
Desde 2004, a fatia do orçamento da Saúde estadual paulista destinada às OSs cresceu 202% (foi de R$ 626,2 milhões para R$ 1,891 bilhão em 2009). No mesmo período, o orçamento da pasta cresceu em velocidade bem menor: 93%.
A mudança pretendida por Serra aproxima o modelo de OSs estaduais do municipal, que desde 2006 permite a entrega de hospitais antigos à iniciativa privada. Hoje, metade da rede municipal é administrada diretamente pela prefeitura, enquanto a outra metade é gerenciada por OSs.
"Ao longo do tempo, os vários sistemas vão conviver", disse à Folha o secretário municipal da Saúde, Januario Montone. "São as camadas arqueológicas da burocracia brasileira", acrescenta. Para ele, o modelo das OSs é muito superior ao das autarquias, mas depende da existência de parceiros com credibilidade técnica e administrativa. "Se o parceiro é frágil, o modelo rui", diz.
COMENTÁRIO PUBLICADO NO CONVERSA AFIADA:
Zé Pedágio finge que não é sucessor do Farol de Alexandria.
Ninguém haveria de reconhecer a filiação política ao Farol …
Isso não dá um voto.
Mas é tudo farinha do mesmo saco: privatizar.
Zé Pedágio ainda vai privatizar completamente a saúde pública de São Paulo, e, de brinde, vai o ensino público.
Isso ainda vai acabar com o Di Gênio …
Ou do Robert(o) Civita da Abril …
Como prevê o Conversa Afiada há muito tempo, Serra vai vender o ar encanado do Viaduto do Chá ao Departamento de Meio Ambiente da Universidade de Harvard…
E se fosse – porque não será – Presidente, venderia o Bolsa Família à WalMart.
Paulo Henrique Amorim
Em tempo: a excelente repórter Laura Capriglione insiste em fazer reportagens que mostram a verdadeira face do Zé Pedágio. Ele vai ligar – de novo – para o Octavinho e pedir a cabeça dela.
Outro que corre sério risco de vida é o Ricardo Melo, que deveria ficar para sempre na página 2, no lugar do Clovis Rossi. Ricardo Mello trata do assalto à casa do Secretario de Serra
O Secretario disse assim: "levaram até aquela reserva que a gente guarda em casa para o ladrão". Beleza: nem ele confia na Segurança do Zé Pedágio …
Aliás, nem o Secretario de Segurança confia. Ele chama a Policia do Zé Pedágio de "inepta".
E o Zé Pedágio ainda se acha no direito de governar o Brasil e São Paulo, ao mesmo tempo…
e agora , para funcionarios de nivel tecnico, essa mudança é para melhor ?
ResponderExcluirEu gostaria muito de ouvir o que tem a dizer os funcionários que trabalham nas OSS que já atuam em SP...
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