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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Mais de 35 milhões de pessoas sofrem do mal de Alzheimer no mundo

da BBC Brasil

Mais de 35 milhões de pessoas sofrem do mal de Alzheimer hoje em dia, e a previsão é que o número de casos quase dobre a cada 20 anos, de acordo com um estudo do King's College of London divulgado nesta segunda-feira, o Dia Mundial do Alzheimer.

O número é 10% maior do que as previsões de alguns anos atrás porque as estimativas não levaram em consideração o crescente impacto da doença sobre países em desenvolvimento.

A expectativa é que se chegue a 115 milhões de pacientes em todo o mundo até 2050.

O estudo é parte do "World Alzheimer Report", divulgado pela Alzheimer's Disease International.

Mundo envelhecido

Segundo o relatório, o aumento da demência está sendo impulsionado pelo aumento da expectativa de vida em países mais pobres.

Apesar de a idade ser o principal determinante do mal de Alzheimer, alguns outros fatores que causam doenças cardíacas --como obesidade, colesterol alto e diabetes-- parecem aumentar também o risco de demência.

O custo de cuidar dos pacientes de demência não é só uma questão social, mas também econômica, aumentando a carga sobre a população economicamente ativa e os sistemas de saúde, afirma o relatório.

Os avanços nos tratamentos de saúde e nutrição vão ter maior impacto sobre países pobres e, como resultado, o número de idosos deve aumentar rapidamente nesses países.

Atualmente, calcula-se que apenas metade dos pacientes de demência vivam em países pobres ou de renda média, mas a expectativa é de que esta proporção suba para mais de 60% dos pacientes até 2050.

Além disso, o estudo sugere que a proporção de idosos que sofrem de demência é mais alta do que se imaginava em algumas partes do mundo, aumentando as estimativas.

Segundo o psiquiatra Martin Prince, um dos autores do estudo, os números são impressionantes.

"O atual investimento em pesquisa, tratamento e cuidados é, na verdade, bastante desproporcional ao impacto geral da doença sobre os pacientes, seus enfermeiros e terapeutas, nos sistemas de cuidados sociais e de saúde e sobre a sociedade", diz ele.

Segundo a Alzheimer's Disease International --uma organização que reúne grupos de vários países--, outros países deveriam seguir o exemplo de Austrália, França, Coréia do Sul e Grã-Bretanha e desenvolver planos de ação para combater o impacto da doença.

O relatório recomenda à OMS (Organização Mundial de Saúde) declarar a demência como uma prioridade no campo da saúde e ainda um aumento no investimento em pesquisas para tentar encontrar a cura, ou novos tratamentos para a doença.

Até hoje não há cura para o mal de Alzheimer e os remédios apenas aliviam os sintomas temporariamente. Os cientistas não têm, sequer, certeza do que causa o mal de Alzheimer.

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