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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Titular da CPI do Campo, Dr. Rosinha quer evitar palco pré-eleitoral e perseguições

A liderança do Partido dos Trabalhadores na Câmara indicou o deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR) como um dos membros titulares da CPI mista do Campo, proposta por iniciativa da bancada ruralista, adversária do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
 
Além de Dr. Rosinha, coordenador da Frente Parlamentar da Terra, grupo que defende a reforma agrária no Congresso Nacional, a bancada de deputados federais do PT será representada na comissão por Geraldo Simões (PT-BA), Jilmar Tatto (PT-SP) e Paulo Teixeira (PT-SP), este último na condição de suplente.
 
"Agradeço a confiança depositada em mim tanto pela bancada quanto pelo partido, e reafirmo que vou me dedicar para que a CPI faça um trabalho sério e honesto, que não vire um palco em ano pré-eleitoral, nem faça acusações sem provas ou perseguições injustificadas", declara Dr. Rosinha.
 
Em denúncia encaminhada no começo de novembro à OIT (Organização Internacional do Trabalho), o MST aponta que a CPI é parte de uma estratégia que visa "produzir uma estigmatização do MST, que resulte num abandono por seus apoiadores e, simultaneamente, na destruição de sua articulação".
 
"O meio utilizado para isso tem sido a articulação dos diversos elementos, promotores de justiça e magistrados vinculados ao latifúndio, parlamentares e agentes contratados da mídia", diz trecho da denúncia.
 
Nos últimos anos, duas outras CPIs tiveram como alvo o MST. Em 2005, a chamada CPI mista da Terra, cujo relatório final foi rejeitado pelos ruralistas, terminou com um relatório paralelo que pretendia tipificar em lei as ocupações de terra como "crime de terrorismo". Instalada em 2007 e ainda em funcionamento, a CPI das ONGs no Senado também tinha como objetivo pressionar entidades apoiadoras do movimento.
 
Com uma atuação internacionalmente reconhecida, o MST foi recentemente classificado pelo intelectual norte-americano Noam Chomsky, professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, como "o mais importante movimento de massa do mundo".
 
"A quem interessa demonizar um movimento social com 25 anos de serviços prestados à justa causa da reforma agrária?", questiona Dr. Rosinha. "A resposta é simples: aos latifundiários. Aos olhos dos ricos, os pobres não têm o direito de se organizar, de se manifestar em defesa de seus direitos."
 
 
 
A íntegra da denúncia do MST à OIT
 
 

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