São Paulo - A média de aproveitamento dos pulmões para transplantes no Brasil é de apenas 5%, enquanto no restante do mundo chega a 10% ou 15%. Dois fatores interferem diretamente nesse baixo índice: a dificuldade para identificar um doador em potencial e a fragilidade do órgão.
O médico assistente do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (InCor) e professor da Universidade de São Paulo (USP), Paulo Pego Fernandes, explica que de todos os órgãos sólidos transplantados, o pulmão é o único que tem contato direto com o meio ambiente e por isso fica muito mais exposto a infecções do que o rim, o fígado e o coração.
Outro problema, segundo Fernandes, é a maior incidência de traumas no Brasil em relação a países mais desenvolvidos, onde a grande maioria dos doadores são vítimas de derrame e morte cerebral. “Esse tipo de morte oferece menos trauma do que um acidente de motocicleta, carro, um tiro.
Ele observa, ainda, que há dificuldades no momento em que a pessoa é atendida, especialmente no que se refere aos cuidados para que não ocorra infecção no pulmão desse paciente e possível doador.
No InCor, 60 doentes estão na fila de espera por um pulmão. Em 2008 foram realizados 23 transplantes. “Seria uma fila de espera para três anos. O tempo está em 18 meses, o que é relativamente alto", disse Fernandes.
Para tentar mudar essa realidade e a captação de órgãos, o InCor realizou em novembro um curso para orientar os profissionais de cidades do interior a identificar melhor os possíveis doadores.
Os pré-requisitos básicos para que o pulmão seja doado são a ausência de pneumonia, não estar broncoaspirado (quando o paciente regurgita e aspira) e não ter infecção em outro órgão. Além disso, o paciente não pode ser muito idoso e deve ter a pressão arterial razoável, com condições circulatórias adequadas.
O número de transplantes no Brasil cresceu 24,3% no primeiro semestre de 2009 em relação ao mesmo período de 2008. De janeiro a junho foram transplantados 2.099 órgãos em todo o país, contra 1.688 no mesmo intervalo no ano passado.
De acordo com o Ministério da Saúde, o transplante de rim aumentou 30,28% no período e o de fígado, 23,17%. No entanto, no mesmo período, os transplantes de coração e de pulmão - que têm mais dificuldades na captação e manutenção dos órgãos - caíram 20,4% e 15,38%, respectivamente.
O médico assistente do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (InCor) e professor da Universidade de São Paulo (USP), Paulo Pego Fernandes, explica que de todos os órgãos sólidos transplantados, o pulmão é o único que tem contato direto com o meio ambiente e por isso fica muito mais exposto a infecções do que o rim, o fígado e o coração.
Outro problema, segundo Fernandes, é a maior incidência de traumas no Brasil em relação a países mais desenvolvidos, onde a grande maioria dos doadores são vítimas de derrame e morte cerebral. “Esse tipo de morte oferece menos trauma do que um acidente de motocicleta, carro, um tiro.
Ele observa, ainda, que há dificuldades no momento em que a pessoa é atendida, especialmente no que se refere aos cuidados para que não ocorra infecção no pulmão desse paciente e possível doador.
No InCor, 60 doentes estão na fila de espera por um pulmão. Em 2008 foram realizados 23 transplantes. “Seria uma fila de espera para três anos. O tempo está em 18 meses, o que é relativamente alto", disse Fernandes.
Para tentar mudar essa realidade e a captação de órgãos, o InCor realizou em novembro um curso para orientar os profissionais de cidades do interior a identificar melhor os possíveis doadores.
Os pré-requisitos básicos para que o pulmão seja doado são a ausência de pneumonia, não estar broncoaspirado (quando o paciente regurgita e aspira) e não ter infecção em outro órgão. Além disso, o paciente não pode ser muito idoso e deve ter a pressão arterial razoável, com condições circulatórias adequadas.
O número de transplantes no Brasil cresceu 24,3% no primeiro semestre de 2009 em relação ao mesmo período de 2008. De janeiro a junho foram transplantados 2.099 órgãos em todo o país, contra 1.688 no mesmo intervalo no ano passado.
De acordo com o Ministério da Saúde, o transplante de rim aumentou 30,28% no período e o de fígado, 23,17%. No entanto, no mesmo período, os transplantes de coração e de pulmão - que têm mais dificuldades na captação e manutenção dos órgãos - caíram 20,4% e 15,38%, respectivamente.
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