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domingo, 13 de dezembro de 2009

Rave compulsória


São 2:33 da manhã. Cheguei hoje à tarde de Maringá onde trabalhei o dia todo. Estou muito cansado tentando dormir.

Já há algum tempo que virou moda a "tchurma' vir para o Parque para promover umas "Raves" na madrugada. O barulho que antes era só aos domingos agora começa nas madrugadas das quintas, sextas e sábados. O pior: sem hora para acabar. Pior ainda: eles gostam de "Funk" com aquelas letras edificantes que nos lavam a alma (com xixi).

Ligo para o 190. Polícia Militar. Toca musiquinha irritante ao fundo e uma voz (gravada) informa:
"Você será atendido DE IMEDIATO por um de nossos atendentes... Para facilitar o atendimento, tenha em mãos o endereço completo, um telefone para contato, saiba o que está acontecendo (?!?!) e identifique um ponto de referência"
Aí arremata com a pérola:
"Procure ficar calmo!"

Na terceira "rodada" da mensagem, sem ser atendido, não consegui ficar calmo e desliguei. Fiquei imaginando como seria se algum membro do "império nazi-fasci-alvi-verde" estivesse arrombando a porta da minha casa...

Ligo para o 153. Guarda Municipal. Sou atendido de imediato. O moço até parecia que já sabia antecipadamente do que eu estava falando e diz que vai mandar uma viatura para ver o que está acontecendo.

Intermináveis minutos depois, a música persiste. Pego o carro, desço até o local da "muvuca", tem uma dúzia de carros parados, mas só um deles com o som estúpidamente alto. Correndo algum risco, anoto a placa: AEG 7001.

Volto para casa e ligo de novo. "Olha, eu liguei há um tempinho atrás para reclamar da perturbação do sossego..."

O atendente nem me deixa concluir e emenda: "Pois é senhor Mario, onde é que fica mesmo o local que o senhor informou?"

No outro lado da sala o Lucas pergunta se eu não quero tomar um Sirdalud para dormir...

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