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sábado, 26 de junho de 2010

Pelo menos 1% da população usa tranquilizantes de forma abusiva, afirma psiquiatra



Lisiane Wandscheer
Repórter da Agência Brasil

Brasília - No Dia Internacional contra o Abuso e Tráfico de Drogas uma questão merece maior atenção: o uso abusivo de tranquilizantes. Segundo o médico do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), Ivan Mário Braun, pelo menos 1% da população usa tranquilizantes de maneira abusiva.
O integrante do grupo interdisciplinar de estudos de álcool e drogas (Grea) explica que, em função das restrições impostas ao consumo álcool, existem grupos que usam comprimidos para obter efeitos semelhantes àqueles alcançados com a ingestão de bebidas alcoólicas. Dessa forma, a detecção dessas substâncias no organismo é mais difícil que a do álcool.
“O uso abusivo de tranquilizantes atinge cerca de 1% da população, cifra menor que a das demais drogas, mas numa população de 190 milhões de habitantes representa um grupo significativo”, disse hoje (26) em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional. O psiquiatra disse que a liberação do uso de drogas em alguns países pode inibir o tráfico, mas o consumo também pode aumentar.
O tema da campanha do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (Unodc) lançada este ano, no Dia Internacional contra o Abuso e Tráfico de Drogas, é Pense em Saúde, Não em Drogas.

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