no Noblat
Apesar dos protestos que se estenderam por semanas, o presidente boliviano, Evo Morales, promulgou nesta sexta-feira a controversa lei antirracismo que prevê o fechamento de veículos de comunicação que publiquem mensagens discriminatórias.
O projeto foi aprovado de madrugada no Senado, após 13 horas de debate. O diretor executivo da Associação Nacional de Jornalistas, Juan Javier Zeballos, disse que foi levada uma queixa à Organização dos Estados Americanos (OEA).
Jornalistas também prometeram manter protestos e greves de fome que realizavam contra a aprovação da lei. Numa aparente referência a eles, Morales disse que assinava a promulgação "sem medo".
- Eu fui objeto de discrminação, humilhação. Portanto, é uma norma para que todos tenhamos os mesmos direitos. Somos iguais - disse o presidente, de origem indígena, ao promulgar a lei no palácio presidencial, na presença de ativistas.
- Esta lei é para descolonizar a Bolívia. É preciso parar de dizer raça maldita. Isso tem que terminar. Não é liberdade de expressão, é ofensa, humilhação. Este trabalho para descolonizar a Bolívia continuará e ninguém vai parar este processo.
Além da reclamação levada à OEA, o diretor da associação de jornalistas afirmou que, no sábado, será apresentada uma queixa à Organização das Nações Unidas.
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