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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Chávez autoriza desabrigados pelas chuvas a ocuparem temporariamente hotéis


O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, autorizou neste domingo (05/12) as vítimas das inundações na cidade de Higuerote, no estado de Miranda, a ocuparem hotéis que estiverem vazios, com a autorização dos proprietários. O governo venezuelano contabilizou até o momento 32 mortos e 70 mil pessoas atingidas em 11 estados do país pelas chuvas.

"Não é justo que aí ao lado exista um conjunto de edifícios de turismo, abandonado, porque ninguém os ocupa, porque vêm aos finais de semana ou só de vez em quando e vocês no meio de água. Isso não é justo, isso viola o direito à vida, o princípio de igualdade que está estabelecido na Constituição", disse o presidente. Ele lembrou que após o fim do período de dificuldade, as instalações hoteleiras serão desocupadas. "Que fique bem claro: hotéis turísticos serão tomados de forma temporária, como solução para emergência. Logo serão devolvidos." 

Chávez ordenou ao comandante geral da Guarda Nacional, general Luis Mota Domínguez, que verifique quantos edifícios estão desocupados e depois, aloje as famílias. Mota Domínguez afirmou à Agência Venezuelana de Notícias (AVN) que os proprietários dos hotéis estão cooperando com o governo e disponibilizando toda a ajuda para os desabrigados. "Todos estão calmos, as empresas privadas estão colaborando por vontade própria. Os donos de hotéis se comunicaram conosco e colocaram à disposição 150 quartos", disse o general. 


Chuvas 

As tempestades que atingem a Venezuela desde novembro devem continuar nestasemana. A previsão é que o aumento da temperatura da água e a chegada do frio proveniente do Norte provoquem bastante nebulosidade, chuva intensa e ondas de até três metros de altura. 

No mês passado, a média de chuvas no país foi de 332 milímetros – quase quatro vezes maior do que os 83 milímetros registrados no mesmo período do ano passado. 

Ontem o presidente venezuelano culpou as transformações climáticas, provocadas "pelo capitalismo", pela destruição em estados venezuelanos. “A irresponsabilidade dos países desenvolvidos, que negligenciaram a ordem do ambiente, no seu desejo de manter um modelo criminoso de desenvolvimento, fez com que a imensa maioria dos povos da Terra sofra as consequências”, escreveu Chávez em sua coluna semanal “As linhas de Chávez”. 

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