Três crianças que aguardavam cirurgias ortopédicas no HU de Maringá deveriam ter sido operadas na quinta, o que não ocorreu. Elas ficaram em jejum de 20 horas, mas o HU cancelou os procedimentos, priorizando casos urgentes
O Conselho de Tutelar de Maringá acionou o Ministério Público (MP), na manhã desta sexta-feira (7), para que as cirurgias ortopédicas de três crianças pacientes do Hospital Universitário (HU) de Maringá sejam feitas imediatamente.
Os procedimentos estavam marcados para a noite desta quinta-feira (6), mas foram desmarcados.
Segundo o conselheiro tutelar Vandré Fernando, responsável pelo caso, as crianças ficaram em jejum por cerca de 20 horas aguardando o inicio da cirurgia e, uma delas, chegou a desmaiar. “O hospital não respeitou uma determinação do Conselho Tutelar e, por isso, recorremos aoMinistério Público. As três crianças já estavam com as roupas e tocas para iniciar a cirurgia, mas, segundo as famílias, por volta das 18h desta quinta, o hospital cancelou os procedimentos. Uma das crianças chegou a desmaiar”, disse.
O superintendente interino do HU de Maringá,Durvalino Gusmão, disse à produção da RPC TV Maringá que as três crianças não foram operadas porque o hospital estava com apenas uma das duas salas de operação disponíveis.
Ele disse ainda que outras emergências chegaram na noite desta quinta-feira (6), e receberam prioridade.
Com a mudança, as crianças deveriam ser operadas na manhã desta sexta, mas, até por volta das 11h40, elas aguardavam no setor de pediatria.
Famílias revoltadas com o caso
O conselheiro tutelar Vandré Fernando disse, que na noite desta quinta-feira (6), as famílias estavam revoltadas na pediatria do hospital. Ele contou que chegou a ser ofendido. “Me chamaram de mentiroso, mas não culpo eles porque estão revoltados com o descaso. Os pais chegaram a fazer cartazes em protesto. Foi horrível ver as crianças chorando.”
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