Postado por: Mané Young - Ver todos os artigos @maneyoung no #Teialivre
A Gastronomia Brasileira é parte da nossa Cultura e reflete nossa História e suas características sociais e políticas. O substrato indígena é nítido e base de nossa culinária. A partir do século XVI os europeus foram aqui ( bem) recebidos e sobreviveram através da riquíssima variedade de alimentos e avançadas técnicas de caça, pesca e manipulação dos alimentos indígenas. O milho e a mandioca através das farinhas foram fundamentais. As frutas, os peixes e a caça complementavam o cardápio.
Com a chegada das populações Africanas agregou-se novos produtos e técnicas de cocção. Assim, aos poucos, criou-se essa incrível paisagem gastronômica, com lindas diferenças regionais, síntese de ecossistemas diferentes e das diversas etnias e correntes migratórias.
O Brasil sabe por tudo no caldeirão, e se a origem portuguesa é evidente, as culinárias Árabe, Portuguesa, Espanhola, Italiana, Alemã e Japonesa contribuíram desde o início do século XX e mais recentemente, principalmente em São Paulo nota-se a contribuição Boliviana e Coreana.
A comunicação fácil e a criatividade nos pertence, e nossa cozinha segue a trilha. É recente a importância dada à culinária. Já perdemos receitas e tradições, mas em esforço tardio estamos sabendo nos admirar, e valorizar nossos costumes. A auto-estima do Povo/ Nação é fundamental. Somos um País de civilização própria e com sonhos peculiares e temos que nos afirmar e mostrar nossas qualidades. Por aí passa a valorização da nossa variada cultura gastronômica e a exportação dessa Arte. A cozinha brasileira é diplomacia e identidade.
A repressão sistemática às classes populares e a massificação, americanizada, imposta por interesses econômicos e pela mídia atrasada, não conseguiu matar nossas raízes. A liberdade tem vencido a tirania e seguimos lutando.
É nesse sentido que se fundamenta uma discussão moderna a respeito de nossa Gastronomia. Não me interessa “Chefs” estrelados, nem vinhos caros, nem iguarias de ficção que não nos retratam .Da mesma forma, não admito bolsas Luiz Vitton, nem Relógios Rolex a não ser como estopim de revoltas.
Assim mando duas receitas, um bolo de fubá e uma quenga de milho verde, que é um angu moderno. Agora sim.
BOLO CREMOSO DE FUBÁ
INGREDIENTES
Meio Kilo de Fubá
Meio litro de leite
Duas xícaras de açúcar
Um pacotinho de parmesão ralado
Uma colher (de chá) de fermento
MODO DE PREPARO
Meio Kilo de Fubá
Meio litro de leite
Duas xícaras de açúcar
Um pacotinho de parmesão ralado
Uma colher (de chá) de fermento
MODO DE PREPARO
Acenda seu forno em temperatura média. Separe o fermento e ponha todos os ingredientes restantes para bater no liquidificador. Então desligue-o e adicione o fermento, misture bem com o auxílio de uma colher. Unte uma forma com manteiga (prefiro) ou margarina, ponha a mistura e leve para assar em forma untada por aproximadamente 45 minutos. Ou retire do forno se o bolo estiver bem dourado por cima.
QUENGA DE MILHO E SAL
INGREDIENTES
10 Espigas de milho verde
Meio litro de leite
Água o quanto baste
10 Espigas de milho verde
Meio litro de leite
Água o quanto baste
50 g de Toicinho defumado ( opcional )
Duas cebolas picadas
Um maçinho de salsinha picada
Pimenta malagueta
100 g de manteiga ( meio pacotinho)
Sal
Sal
MODO DE PREPARO
Com um faca corte (apare) as espigas separando todos os grãos dos sabugos e bata-os com o leite e reserve. Em um caldeirão ou panela, aqueça e manteiga e doure bem o toicinho (opcional) e a cebola. Então peneire bem o milho batido e coloque-o nesse refogado.
Deixe o fogo bem baixo e vá mexendo sem parar com uma colher de pau. Se começar a secar acrescente água aos poucos. A Quenga tem que engrossar bem. Então ponha a salsinha picada, uma pimenta vermelha a gosto e o sal.
Sirva a Quenga acompanhada de arroz e feijão ou de um frango ensopado ou ainda com uma carne moída em molho de tomate. Depois çê conta.
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