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domingo, 9 de janeiro de 2011

Turismo de saúde movimenta cidade de Ribeirão Preto, no interior de SP



Consultórios, clínicas e hospitais de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) estão recebendo cada dia mais pessoas de outras regiões do Brasil e até mesmo estrangeiros. Eles vêm ao município atrás de procedimentos médicos.
Cirurgia plástica, odontologia estética e oncologia estão entre as especialidades mais procuradas. Dessa forma, especialistas consultados dizem que Ribeirão --consolidado polo regional de medicina-- está se tornando também referência em turismo de saúde.
O local que mais recebe esses "turistas" é o Hospital das Clínicas de Ribeirão. Eles procuram atendimento principalmente na área de tratamento para câncer, doenças no sangue e hemodiálise.
Uma dessas pacientes é Ígara Natalie Silva Lima, 21, que mora em Ituiutaba (MG) e há três meses passou a fazer tratamento contra lúpus.
A cada 30 dias, ela sai da cidade rumo a Ribeirão. "É uma viagem cansativa, de seis horas na ambulância, mas pelo menos tenho o atendimento adequado."
O aposentado Leonardo Teófilo, 79, enfrenta uma viagem mais curta, mas não menos cansativa. Três vezes por semana ele sai de Santa Rosa do Viterbo (283 km de SP) para fazer hemodiálise.
CLÍNICAS PRIVADAS
Não só as instituições públicas, como o HC, recebem esse público. Clínicas particulares da cidade também têm visto aumentar o volume de pacientes atrás de, principalmente, cirurgias plásticas.
Para dar conta da demanda, de acordo com Márcio Santiago, membro do Ribeirão Preto e Região Convention & Visitors Bureaux, é preciso que o município invista em capacitações e infraestrutura.
"É preciso dar segurança, transporte, hotelaria, gastronomia. O turista de saúde pode ficar mais tempo na cidade e distribui mais renda".
Ainda segundo Santiago, qualidade do atendimento, prestígio dos profissionais e relação médico/paciente mais calorosa são alguns dos motivos que fazem muitos pacientes optarem por cruzar fronteiras em busca de atendimento em consultórios, clínicas e hospitais de Ribeirão.
O setor, que movimenta cerca de U$ 60 bilhões por ano no mundo, levou o Brasil a normatizar os atendimentos. Segundo o Ministério do Turismo, cerca de 180 mil estrangeiros vieram ao país para tratar da saúde nos últimos três anos.
A novas regras preveem o veto à participação de intermediários entre o médico e o paciente. Estrangeiros também não poderão fazer transplantes de órgãos no Brasil e nem usar o SUS.

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