Guilherme Balza
Do UOL NotíciasMensagem que foi postada no Twitter do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) e depois apagada
O deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) afirmou nessa quarta-feira (30), em sua página no Twitter, que os africanos são descendentes de um “ancestral amaldiçoado por Noé” e que sobre a África repousa maldições como o paganismo, misérias, doenças e a fome.
“Africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé. Isso é fato. O motivo da maldição é polêmica. Não sejam irresponsáveis twitters rsss”, diz a mensagem postada no perfil do deputado, que é pastor evangélico e empresário.
Na sequência, Feliciano afirma: “sobre o continente africano repousa a maldição do paganismo, ocultismo, misérias, doenças oriundas de lá: ebola, Aids. Fome...”
Antes, o pastor evangélico disse que a maldição sobre a África supostamente provém do "1º ato de homossexualismo da história". "Sendo possivelmente o 1o. Ato de homossexualismo da história. A maldição de Noé sobre canaã toca seus descendentes diretos, os africanos", afirmou.
A reportagem do UOL Notícias entrou em contato com a assessoria do parlamentar, que preferiu não comentar as mensagens e afirmou que o próprio deputado irá se manifestar. Após o contato da reportagem com a assessoria de Feliciano, apagou a primeira mensagem, que está na imagem no topo do texto.
Hoje, quase 20h depois das declarações, o deputado negou, também no Twitter, ser racista. "Tenho raízes negras como todos os brasileiros. Bem como dos índios e tbem europeus! Rejeito essas calunias infames! Aqui não Seus desalmados", disse Feliciano. "Qtos afro-descendentes (dos quais eu sou tbem, basta olhar minhas características) convoco sua repugnância as atitudes desses qrem ódio!", afirmou.
Marco Feliciano foi eleito deputado federal nas eleições do ano passado, com mais de 211 mil votos.
No perfil do deputado no Twitter, há também várias mensagens direcionadas a homossexuais. O deputado afirma que vários internautas da comunidade gay o perseguem e convoca os “cristãos” a despejarem mensagens nas páginas de seus críticos. Em seguida, o parlamentar listou uma série de usuários do Twitter que supostamente o atacam.
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