Ação, deflagrada nesta terça, ocorre em Curitiba, em outras cidades do Paraná, e também nos estados de Santa Catarina, Distrito Federal, Acre e Mato Grosso. Outras quatro pessoas foram presas fora da capital
Pelo menos 11 pessoas foram presas em Curitiba, na manhã desta terça-feira (5), pela Polícia Federal (PF), acusadas de desviar dinheiro público por meio de contratos firmados entre prefeituras e Oscip’s (Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público).
A operação "Dejavu II", deflagrada nesta terça, foi desencadeada em Curitiba, em outras cidades do Paraná, e também nos estados de Santa Catarina, Distrito Federal, Acre e Mato Grosso.
Os agentes federais cumprem 16 mandados de prisão e 33 de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal do Paraná. Duas pessoas foram presas no Acre, uma em Brasília e outra em Mato Grosso. A PF não informou onde ocorreu a 16ª prisão.
Segundo a investigação, o desvio de recursos públicos se dava por meio de contratos e parceiras firmados entre as Oscip’s e prefeituras das cidades dos cinco estados – inclusive contratos feitos com a prefeitura de Curitiba e o Ministério da Justiça. A investigação da PF se concentrou em duas organizações:
a Adesobras e Ibidec.
Entre os presos estão o libanês Robert Bedros Fernezlian, de 55 anos, e Lilian de Oliveira Lisboa – que seriam os responsáveis pelas duas Oscip’s. O casal foi preso em casa no bairro Boa Vista, em Curitiba.
A PF ainda não calculou o montante desviado, mas a expectativa é que os danos ao erário público superemR$ 100 milhões. A PF identificou superfaturamento de serviços, emissão de notas frias e simulação de contratos e emissão entre outras formas encontradas para desviar dinheiro público. Entre os beneficiários estariam pessoas das Oscip’s.
A operação mobiliza mais de 150 pessoas entre agentes da PF, da Receita Federal e da Controladoria Geral da União.
Mais detalhes sobre a operação "Dejavu II" devem ser repassados pela PF numa entrevista coletiva que deve ocorrer ainda na manhã desta terça-feira.
Operação Déjà Vu I
A Operação Déjà Vu I foi desencadeada em outubro de 2008 e investigava o tráfico de influências em agências dos Correios. Os casos teriam ocorrido em Bauru (SP), São Pauço (SP) e em Brasília (DF).
Três funcionários eram suspeitos de organizar um esquema para beneficiar empresários interessados em comprar irregularmente agências franqueadas dos Correios.
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