A unidade de Londrina do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público do Paraná, declarou nesta tarde (10) o resultado parcial da megaoperação Antisepsia realizada para conter um esquema de corrupção das Oscips (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) Atlântico e Gálatas.
O MP-PR sustenta que os presos estariam envolvidos na emissão de notas frias para superfaturamento dos gastos das Oscips. Os envolvidos usariam o dinheiro extra para subornar agentes de saúde. O promotor Claudio Esteves arguiu que o esquema é um problema de fiscalização pública. A denúncia partiu de uma fonte fora da prefeitura que havia sido procurada para criar as notas falsas.
Durante a operação o Gaeco apreendeu vários equipamentos de informática, dois carros, três armas de fogo, documentos e um montante ainda não calculado de dinheiro. Entre os detidos estão Marcos Ratto e Joel Tadeu Correia, integrantes do Conselho Municipal de Saúde, a diretora do Instituto Gálatas, Gláucia Chiararia e os integrantes do Instituto Atlântico, Lucas Modesto e Bruno Chaiara.
A terceirização dos serviços essenciais de saúde como o Samu, a Policlínica e a Internação Domiciliar para administração das Oscips havia sido realizado em caráter emergencial. Após o escândalo dos desvios realizados por pessoas ligadas ao Ciap (Centro Integrado de Apoio Profissional) que resultou na prisão de 11 pessoas. A promotora de defesa do patrimônio público Leila Voltarelli declarou que Londrina tem provado que esse tipo de terceirização não funciona.
Em depoimento um dos empresários investigados que não quis ser identificado disse que foi pressionado a entrar no esquema de propina após o atraso do repasse da verba municipal para pagamentos do serviço. Segundo o réu, um funcionário da prefeitura o procurou e pediu mais de R$ 120 mil reais para liberar a parcela, caso contrário ela ficaria retida. O dinheiro da propina teria sido acumulado com crédito e emprestimos pessoais por parte do empresário que se considera uma vítima do esquema.
Segundo o promotor Claudio Esteves, o Gaeco tinha em mãos 30 mandados de busca e apreensão e outras 16 ordens de prisão temporária. A operação culminou na prisão temporária de 15 pessoas, entre elas, o procurador jurídico de Londrina, Fidélis Cangussu e o cumprimento de 28 mandados de busca e apreensão. Conforme relato do Gaeco um mandado de prisão não foi aplicado e há suspeita que o envolvido esteja foragido.
Veja a relação completa dos 15 suspeitos presos:
Silvio Luz Rodrigues Alves
Glaucia Cristina Chiararia Rodrigues Alves
Bruno Valverde Chahaira
Lucas Cavenagui Modesto
Wagner Cecílio da Silva
David Garcia de Assis
Joelma Aparecida da Silva
Andre Augusto de Oliveira
Joel Tadeu Correia
Fidelis Cangussu
Marcos Rogerio Ratto
Admilson Antonio Monarin
Tiago Cesar Marcello
Claudecir Antonio Lamberti
Gustavo Henrique Politti
Leia reportagem completa na edição de amanhã da FOLHA.
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