na Folha de Londrina
Segundo o gerente de projetos do Instituto Gálatas, João Roberto Ramos Quirino Junior, as atividades previstas no termo de parceria firmado com a Autarquia Municipal de Saúde de Londrina foram mantidas normalmente ontem e a intenção é que assim permaneça. O instituto está registrado como Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) e é responsável, desde dezembro do ano passado, pelas ações desenvolvidas no município pelo Programa Saúde da Família (PSF). O termo, no valor total de quase R$ 8,2 milhões, venceria no início de junho.
''Pretendemos prestar o serviço até o final do contrato e renovar a parceria com o município. Nossa documentação está toda correta e estamos muito tranquilos'', afirmou Quirino, que disse ter sido surpreendido pela operação desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que resultou na prisão, entre outras pessoas, da diretora do instituto, Glaucia Chiararia, na manhã de ontem. De acordo com o gerente, o Gálatas tem cerca de 580 funcionários, mas muitos já cumprem aviso prévio por causa da proximidade do fim do contrato. ''Porém os serviços vêm sendo prestados normalmente. Não foram prejudicados'', reforçou.
As ações de atenção básica em saúde em Londrina são desenvolvidas por 75 equipes ligadas ao PSF. Parte delas, de acordo com Quirino, é responsabilidade da Oscip, que mantém 40 médicos e 54 enfermeiros, entre outros profissionais. O instituto foi certificado pelo Ministério da Justiça em dezembro de 2009 e, antes de firmar parceria com a Autarquia Municipal de Saúde, já atuava em Laranjal Paulista (SP), também na área da saúde. O gerente de projetos não soube informar, porém, o valor do contrato assinado com aquele município, alegando que toda a documentação havia sido apreendida pelo Gaeco.
De acordo com o advogado Frederico Reis, que representa o Instituto Atlântico, a outra Oscip investigada pela Operação Antissepsia, os serviços do Samu e da Policlínica, que estão sob sua responsabilidade, também continuarão a ser prestados normalmente. ''No que depender do instituto, a população continuará a ser atendida, nada foi alterado. A não ser que haja rescisão do contrato por parte do município'', disse o advogado.
Em entrevista coletiva ontem de manhã o prefeito Barbosa Neto garantiu que os londrinenses atendidos pelos programas e serviços sob responsabilidade dos institutos Gálatas e Atlântico não serão prejudicados. ''Gostaria de tranquilizar a população que depende efetivamente dos serviços médicos prestados por essas empresas no município, inclusive seus trabalhadores. Não podemos colocar em risco o atendimento lá na ponta porque essa é a nossa missão maior.''
O prefeito declarou que medidas serão tomadas nos próximos dias, mas não antecipou quais serão. ''Vamos ter algumas novidades para que possamos, principalmente, não deixar que o atendimento deixe de ser feito. O próprio funcionário dessas empresas não tem culpa. Ele, na verdade, é uma vítima, como nós também somos. Não vai haver prejuízo para a saúde pública de Londrina'', reafirmou.
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