O que é Laboratório de Inovação |
Os Laboratórios de Inovação são espaços de produção de evidências de boa gestão, a partir de práticas inovadoras desenvolvidas pelos gestores do SUS e de outros países na construção e gestão de Redes de Atenção à Saúde coordenadas pela Atenção Primária à Saúde.
Os Laboratórios são uma contribuição da OPAS/OMS Brasil, como parte de seu processo de cooperação técnica, que busca valorizar as experiências inovadoras mediante a análise sistematização dos conhecimentos acumulados pelos gestores, visando transformar o conhecimento “tácito” em “explícito” e fornecendo assim elementos e ferramentas importantes para a tomada de decisão do gestor. Todas as afirmações e recomendações dos laboratórios de inovação são baseadas em evidências, produzidas por meio de estudos de casos realizados por especialistas.
Na prática, os laboratórios buscam valorizar experiências significativas de gestão, resgatando e analisando os processos, as práticas, as ferramentas e os instrumentos que foram desenvolvidos.
O Laboratório de Inovação baseia-se no marco da Redes de Atenção à Saúde coordenadas pela Atenção Primária, como uma resposta à fragmentação dos sistemas de saúde, e que, segundo a OPS (2010), produzem melhores resultados em saúde, por meio da ampliação do acesso, da redução da fragmentação dos cuidados, melhora na eficiência do sistema, contribui para evitar a duplicação de serviços, diminuir os custos de produção e responder melhor as necessidades e expectativas da população.
Objetivo:
Produzir evidências de práticas e experiências baseadas na gestão de redes de atenção à saúde coordenadas pela APS, transformando o conhecimento tácito em conhecimento explícito.
Estratégia:
Quanto à metodologia de trabalho, o desenvolvimento de um Laboratório de Inovação se realiza em três etapas. A primeira é a fase preparatória, a segunda é a operacional e a terceira é a de divulgação e resultados.
1. Fase Preparatória: Seleção dos Temas e Formação do Grupo de Trabalho.
Essa fase inicia com a escolha do tema objeto do laboratório e pela constituição do grupo de trabalho que irá conduzir o processo. Segue pela etapa de estudo, com a revisão da literatura recente sobre o tema e busca por experiências internacionais e de referências em outros países.
2. Fase Operacional: Seleção de experiências e práticas bem sucedidas; Estudos de Caso; e Ciclos de Debates
Essa etapa é focada na detecção e valorização de boas práticas e é executada mediante a realização de estudos de caso das práticas mais significativas e inovadoras. Aqui inicia a sistematização dos conhecimentos e evidências produzidas e a promoção de debates para ampliar a reflexão e o debate acerca dos temas.
3. Resultados: Portal para Gestores do SUS; Série Técnica NavegadorSUS.
Nessa etapa são divulgados os conhecimentos e evidências produzidas, por meio de uma Série Técnica editada por MS, Conass, Conasems e Opas sobre gestão de Redes de Atenção à Saúde (Série Técnica NavegadorSUS). Outra ferramenta para gestão do conhecimento é o Portal para Gestores do SUS, que funciona como espaço permanente e dinâmico para troca de experiências e divulgação das inovações.
Desafio:
Transformar o conhecimento precioso, porém tácito, instituído pela criatividade dos gestores, em instrumentos práticos e explícitos para o beneficio da comunidade e dos gestores. Segundo Tasca (2011), é necessário destacar o “valor social” da inovação, ou seja, o que interessa não é apenas a novidade ou a sofisticação tecnológica, mas “os benefícios” que ela produz para os indivíduos ou para a coletividade.
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