Empresas de cigarro processam EUA por propagandas antifumo nas embalagens
Quatro empresas de cigarro nos Estados Unidos iniciaram um processo contra a agência governamental FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos, em inglês), por não considerarem inconstitucional a imposição de um novo modelo de embalagem para seus produtos. De acordo com informações da agência de notícias France Presse, a partir do dia 22 de setembro, os maços deverão exibir imagens explícitas sobre as consequências do tabagismo tanta na frente quando no verso.
O argumento das empresas é que as medidas violam o direito da liberdade de expressão. A Lorillard Inc, terceira maior empresa do setor nos EUA, divulgou nota informando que "as medidas de advertência contra o cigarro são uma forma inconstitucional de forçar os fabricantes a disseminar a mensagem do governo contra o produto".
A R.J. Reynolds Tobacco Co., a Commonwealth Brands Inc. e a Liggett Group LLC também participam do processo iniciado em uma corte federal de Washington.
As mudanças nos pacotes obedecem a uma lei de junho de 2009, promulgada pelo presidente norte-americano Barack Obama, que deu à FDA o poder de regular a fabricação, publicidade e venda de produtos com tabaco.
As imagens ocuparão 50% da parte superior dos maços, nos dois lados, e 20% de toda publicidade. As fotos mostram um cadáver, uma dentadura destruída e um pulmão enegrecido, com frases como: "Fumar pode matá-lo".
De acordo com a FDA, que disse não comentar casos em julgamento, 1.200 fumantes morrem por dia nos EUA – ela não informa se o cigarro é diretamente responsável por essas mortes. O governo espera que a redução do consumo de cigarro resulte em uma economia de cerca de 100 bilhões de dólares com as despesas em atendimento médico.
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