Orientação a órgãos municipais ocorre depois de denúncia de contaminação em Minas
Usinas de cana e beneficiadoras de açúcar vão entrar na mira das vigilâncias sanitárias em todo o país.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) expediu a orientação após consumidores de Divinópolis (MG) denunciarem, no início do mês, a presença de ferro, níquel e cobalto no açúcar.
As usinas são responsáveis pela moagem da cana-de-açúcar e pelas etapas de purificação do caldo, peneiragem e clarificação.
Na cadeia de produção ainda há empresas que compram o açúcar bruto para cristalizar e refinar.
Por isso, a Anvisa quer rastrear a cadeia produtiva e orientou as vigilâncias sanitárias municipais a avaliar a dimensão do problema.
De acordo com a agência, é preciso saber em que etapa do processo se encontra a falha, se há necessidade de aprimorar a tecnologia de produção ou se simplesmente há pouco controle.
Em São Paulo, o Centro de Vigilância Sanitária do Estado informou que programa um calendário para fiscalização nas usinas de cana.
Segundo o órgão, as ações devem acontecer nos meses de agosto e setembro.
A Folha entrou em contato com oito vigilâncias sanitárias: Araraquara, Batatais, Colina, Jaboticabal, Luiz Antônio, Morro Agudo, Serrana e Sertãozinho.
Segundo coordenadores e fiscais desses órgãos, a fiscalização para a concessão do alvará já inspecionava o processo produtivo para verificar a qualidade, mas as ações também serão intensificadas.
CONTROLE DE VENDA
Nesta semana, a Anvisa deverá proibir a venda nacional das marcas Doce Mel, e Bonzão, ambas de Contagem (MG), após laudos confirmarem a presença dos metais.
Cinco marcas tiveram as vendas suspensas no Estado de MG. Além da Doce Mel e Bonzão, a lista inclui Maxçúcar, Tip Top e Campo Doce.
A última empresa, de Ribeirão, diz seguir todas as normas de qualidade.
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