Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Governos de 120 países assinaram hoje (21) um documento em que comprometem em manter investimentos para reduzir desigualdades sociais e evitar a deterioração dos sistemas de saúde e de previdência social, apesar da crise econômica mundial. O documento foi assinado no encerramento da Conferência Mundial sobre Determinantes Sociais da Saúde, da Organização Mundial da Saúde (OMS), no Rio de Janeiro.
A Declaração Política do Rio sobre Determinantes Sociais da Saúde, ou apenas Declaração do Rio, contempla cerca de 70 ações com as quais os governos se comprometem a seguir. Entre as medidas estão garantir a colaboração entre os diversos países e entre os diversos segmentos da população, ampliar o acesso da população a medicamentos e garantir a transparência da gestão governamental da saúde.
"Os ministros da Saúde de todo o mundo estão bastante preocupados com a crise econômica europeia. O relato do ministro da Saúde da Grécia é uma expressão disso. A conferência reafirma a política que o Brasil já cumpre que, em momentos de estabilidade econômica, deve-se ampliar e expandir os investimentos. Isso é muito importante para a defesa da ampliação dos investimentos sociais, sobretudo nos países europeus. Esse é o sinal que os países, de forma consensual, afirmam", disse o ministro da Saúde brasileiro, Alexandre Padilha.
Segundo o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, a Declaração do Rio é um ponto de referência para esforços futuros, inclusive para a Conferência Rio+20, que ocorrerá no Rio de Janeiro, ano que vem. "Essa conferência [sobre Determinantes Sociais] pode ser vista como um passo na nossa perspectiva de preparação para a Rio+20, porque a saúde é um dos fatores sociais importantes na definição de um novo paradigma de desenvolvimento sustentável", disse.
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