O neurocirurgião Pedro Garcia Lopes foi indiciado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) por concussão. Segundo informações preliminares, o médico teria cobrado R$ 27 mil para realizar uma cirurgia de retirada de um tumor que foi realizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em dezembro de 2010.
A paciente, residente em Sertanópolis, teria procurado o médico em seu consultório particular para realizar alguns exames. O médico constatou a necessidade de uma cirurgia para a retirada de um tumor do cérebro, mas devido ao alto custo do procedimento, a família teria optado por realizar a cirurgia pelo SUS.
Segundo o delegado do Gaeco, Alan Flore, o neurocirurgião teria afirmado à paciente que, mesmo pelo SUS, ela deveria pagar o valor de R$ 27 mil, referente aos honorários da equipe médica. "A princípio o médico informou que o procedimento custaria R$ 40 mil caso fosse particular e R$ 27 mil pelos honorários se fosse feito pelo SUS", explicou o delegado.
Ao Gaeco, o médico disse que o valor foi cobrado para cobrir as despesas de locação de instrumentos, mas segundo o delegado, a Santa Casa de Londrina informou que todo o equipamento necessário para a cirurgia foi disponibilizado pelo hospital.
O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público que deve investigar o caso e abrir uma denúncia. Outro inquérito deve ser iniciado pelo Gaeco para apurar se outros pacientes também foram lesados.
Caso fique comprovada a irregularidade, o cirurgião pode pegar de 2 a 8 anos de reclusão.
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