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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Cheida pede tombamento do Bosque Central de Londrina


O deputado Luiz Eduardo Cheida (PMDB), protocolou hoje, dia 23, na Assembleia Legislativa do Paraná o Projeto de Lei que promove o tombamento, como Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental do Estado, do Bosque Municipal Marechal Cândido Rondon,  “Bosque Central” em Londrina.  
A apresentação do PL se deve em função da necessidade de  preservar o Bosque diante de projeto da atual administração municipal, onde está previsto abertura de via para trânsito de veículos dividindo o local ao meio.  E ainda para que não ocorram mais fatos como o recente corte de várias árvores nativas para a viabilização do mesmo projeto.  Fatos estes que estão gerando protestos da população e de movimentos de mobilização, contrários à execução do projeto, com a depredação do Bosque.
Segundo o  deputado Cheida  o PL não foi apresentado antes porque tramitava na Câmara Municipal de Londrina projeto semelhante de autoria dos vereadores Rodrigo Gouveia e Joel Garcia. “Em função da retirada de pauta da matéria, em Londrina, protocolei hoje o tombamento para garantir, em lei estadual, a preservação do Bosque Central. É preciso parar de vez com a depredação de nosso patrimônio histórico e ambiental ”, destacou o deputado.
Na justificativa do projeto o deputado argumenta que “ o Bosque Central foi doado pela Companhia de Terras Melhoramentos Norte do Paraná, local onde os pioneiros da colonização descansavam e promoviam seu lazer. Foi também neste local realizado a primeira missa campal, sendo que muitas das árvores ali presentes têm a memória desses episódios”.
E acrescenta, “o Bosque Central é um espaço de lazer, de entretenimento, passeio, e de preservação de espécies nativas da região há muito tempo. Todos os londrinenses têm uma história que envolve o local. Tantas são as memórias e assim a importância histórica do Bosque Central, que a Universidade Estadual de Londrina teve uma linha de pesquisa sobre a região e editou um livro (EDUEL – 2007): “Memória e Cotidiano do Bosque”, cujas as autoras, Ana Maria Chiarotti de Almeida, e Sônia Maria Sperandio Lopes Adum, encantam o leitor com inúmeras passagens dos londrinenses desde a criação de Londrina até os dias atuais”.
A argumentação ainda salienta que “o Bosque  é uma das únicas áreas verdes urbanas, e um espaço único de convivência e lazer na região central. Inutilizar este espaço, ou permitir que sejam divididos em dois ou mais bosques, destruirá sua existência. Acabar com sua vida vegetal, ou suas linhas paisagísticas, ou mesmo desvirtuar seu uso é denegrir a imagem da cidade, destruir um local que viu a cidade nascer e crescer. A cidade de Londrina cresceu no entorno do Bosque e hoje na região central é o único remanescente do que os pioneiros de Londrina viram ao chegarem nesta terra tão abençoada”.
E finalmente destaca que “Londrina é a segunda maior cidade do Estado, e o Bosque Central um dos símbolos da colonização da pequena Londres. Por isso, o Estado do Paraná ao declarar a área como Patrimônio Histórico, dará o reconhecimento legal àquilo que de fato já o é. Além de garantir o ímpeto de administradores que por ventura queiram desfazer-se desta bela história londrinense”, finaliza na justificativa.
Barbosa não gostou nem um pouco... Já tinha até afiado o machado

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