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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Saúde lança perfil do câncer para 2012

O Ministério fechará 2011 com investimento de R$ 2,2 bilhões para a área de atenção oncológica e um aumento de 41% no número de procedimentos em relação a 2003

 

O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), do Ministério da Saúde, divulgou nesta quinta-feira (24) a publicação Estimativa 2012 – Incidência de Câncer no Brasil. O estudo, que serve para orientar as políticas públicas para o setor, aponta uma estimativa de 520 mil casos novos da doença para o próximo ano. Sete novas localizações de câncer entraram no ranking dos tumores mais frequentes do país.

 
(Confira reportagem completa e gráfico em www.saude.gov.br)
 
As estimativas destacam os tipos mais incidentes nas regiões brasileiras, caso do câncer de pele não melanoma, próstata, mama e pulmão.
 
 
"A divulgação das estimativas disponibiliza aos gestores de saúde e, especificamente, aos da atenção oncológica, informações fundamentais para o planejamento das políticas públicas de forma regionalizada", diz o diretor-geral do INCA, Luiz Antonio Santini.
 
Desconsiderando o câncer de pele não melanoma - tumor com baixa letalidade -; entre o sexo masculino o câncer de próstata permanecerá como o mais comum, seguido pelo de pulmão, cólon e reto, estômago, cavidade oral, laringe e bexiga. Já nas mulheres, a glândula tireoide, de modo inédito, aparece no quinto lugar geral, atrás do câncer de pele não melanoma, mama, colo do útero, cólon e reto. Na seqüência, vêm os tumores de pulmão, estômago e ovário.
 
"A melhoria na qualidade dos exames de investigação em casos suspeitos, contribui para a exatidão do diagnóstico do câncer da tireoide. Isso se reflete no aumento do número de casos desse tipo de tumor.", diz a responsável pelo serviço de endocrinologia do INCA, Rossana Corbo.
 
A novidade dessa edição é que foram incluídas sete novas localizações de tumores no estudo: bexiga, ovário, tireoide (nas mulheres), Sistema Nervoso Central, corpo do útero, laringe (nos homens) e linfoma não Hodgkin – os dois últimos muito noticiados recentemente por terem acometido, respectivamente, o ex-presidente Lula, o ator Reynaldo Gianecchini e a presidente Dilma Rousseff.
 
Os especialistas consideram as estimativas a principal ferramenta de planejamento e gestão da saúde pública na área oncológica no Brasil. Isso porque fornecem as informações necessárias para a elaboração das políticas públicas de saúde voltadas para o atendimento da população.
 
INVESTIMENTO - O Ministério da Saúde vai fechar o ano de 2011 com investimento de R$ 2,2 bilhões para a área de atenção oncológica. Este aumento de recursos serviu para ampliar e melhorar a assistência aos pacientes atendidos nos hospitais públicos e privados que compõe o SUS, sobretudo para os tipos de câncer como fígado, mama, linfoma e leucemia aguda. Vale destacar que só para esse ano o orçamento do MS destinou cerca deR$ 261 milhões a ações de prevenção ao câncer de mama (R$ 176 milhões) e de colo de útero (R$ 85 milhões). Dos últimos 12 anos pra cá, os gastos federais com a assistência oncológica no país quadruplicou, passando de R$ 470, 5 milhões (em 1999) para R$2,2 bilhão.
 
Também foi a primeira vez que um presidente assumiu a atenção oncológica como prioridade de governo. A quantidade de procedimentos oncológicos oferecidos aos pacientes do SUS aumentou em 41%; foram 19,7 milhões, no ano de 2003 e a projeção para até o fim do ano é de 27,8 milhões de procedimentos.

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