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quarta-feira, 16 de maio de 2012

CRF-SP pede que farmacêuticos mandem mensagens à presidenta Dilma Rousseff solicitando o veto da MP que libera a venda de medicamentos nos supermercados

CRF-SP convoca farmacêuticos para enviar mensagens contra a venda de medicamentos em supermercados


O presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP), dr. Pedro Menegasso, faz um apelo público aos farmacêuticos para que enviem mensagens à Presidenta Dilma Rousseff e à ministra-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Gleisi Helena Hoffmann, bem como, se manifestem nas redes sociais, pedindo que a presidenta vete o dispositivo incluído na Medida Provisória 549/12 que libera a venda de medicamentos em supermercados, armazéns e até em lojas de conveniência em postos de gasolina. O prazo para a análise de MP termina essa semana. O CRF-SP solicita que as manifestações ocorram de forma educada.
Para o dr. Menegasso, é fundamental que os farmacêuticos se manifestem contra essa medida que atende apenas aos interesses de alguns poucos setores. “O medicamento fica lá exposto, sem nenhum tipo de orientação ou controle, sem informação ao paciente, que em muitos casos age influenciado pela publicidade. Ao que parece, estão preocupados apenas com questões comerciais, os cuidados com a saúde da população foram deixados em segundo plano”. O presidente do CRF-SP também chama a atenção para a fiscalização dessa venda em supermercados. “Quem irá fiscalizar o armazenamento correto e a origem desses produtos? Hoje, a falsificação movimenta milhões de reais no país. Essa medida vai incentivar a falsificação e o roubo de medicamentos”.
Colocar esse tipo de medicamento ao alcance da população em supermercados e lojas de conveniência é um incentivo à cultura brasileira da automedicação irresponsável que precisa ser mudada. “O brasileiro já gosta de automedicar ouvindo a opinião de vizinhos, parentes, amigos e todo tipo de leigo, se for facilitado seu acesso aos medicamentos, essa situação que já é complexa tende a se complicar. Isso pode gerar inclusive aumento de custos ao sistema público de saúde, haja vista que cerca de 30% dos atendimentos de urgência devido à intoxicações no país ocorrem pelo uso inadequado medicamentos,” diz o presidente do CRF-SP. Dados do Sinitox-Fiocruz  (Sistema Nacional de Informações Tóxico Farmacológicas da Fundação Osvaldo Cruz) indicam que, em 2009, cerca de 30% das intoxicações registradas no país ocorreram devido ao uso inadequado de medicamentos.
Dr. Menegasso alerta ainda que o fato de um medicamento não necessitar de receita, não significa que não traga riscos à saúde do paciente. “Num momento que o país vive problemas com a dengue, deixar a população ter acesso livre a medicamentos simples como um ácido acetilsalicílico pode levar até à morte por hemorragia.”
 Ao longo dos anos, o Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo tem trabalhado incessantemente, para que a farmácia seja um estabelecimento de saúde e para que o medicamento seja tratado com responsabilidade e utilizado com orientação adequada. No entanto, algumas entidades do comércio varejista sempre trataram o medicamento como uma mercadoria qualquer, ou seja, sem preocupação alguma com a saúde e os perigos que eles oferecem.
O Conselho Federal de Farmácia também está se mobilizando para que a MP seja vetada pela presidenta Dilma Rousseff.

COMO SE MANIFESTAR
No Twitter – perfil @gleisi
Por telefone: (61) 3411-1221
 

Assessoria de Comunicação CRF-SP

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