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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Crescem mortes [por diabetes] no Brasil

ANNA BEATRIZ LISBÔA no Correio Braziliense


O diabetes foi responsável pela morte de 54 mil brasileiros em 2010. O número supera em quatro vezes os óbitos por HIV - 12 mil registrados no ano passado -, de acordo com dados divulgados ontem peloMinistério da Saúde, na véspera da comemoração do dia mundial da doença. Entre 2000 e 2010, o distúrbio metabólico matou 470 mil brasileiros. Em 10 anos, a taxa de mortalidade avançou de 20,8 para 28,7 mortes por 100 mil habitantes.

O número é maior se o diabetes for considerado como fator de risco para outras doenças, como o câncer. De acordo com o ministério, a doença esteve associada a outros 68 mil mortes, totalizando 123 mil mortes diretas e indiretas em consequência do distúrbio. De acordo com a pasta, a doença atinge 5,6% da população adulta brasileira. A prevalência é maior entre as mulheres - cerca de 6% da população feminina declarou ter a doença contra 5,2% de homens. Em 2010, 30,8 mil mulheres e 24 mil homens morreram por conta do diabetes.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou a maior incidência da enfermidade entre pessoas com até três anos de escolaridade: 24 mil óbitos foram registrados em 2010. "O diabetes é um problema contemporâneo do país que se expressa de maneira diferente de acordo com o nível de inclusão social, e as políticas públicas têm que levar isso em consideração", ponderou.

Padilha explica que, desde 2011, o governo trabalha com uma meta global para o conjunto de doenças crônicas de redução de 2% de mortes por ano. "Já conseguimos uma redução no número de internações para o diabetes e isso tem relação direta com a ampliação do acesso aos medicamentos por meio das farmácias populares." Ontem, o ministério lançou o portal Autocuidado do diabetes (http://autocuidado.saude.gov.br) para ajudar a população a ter acesso a orientações corretas sobre a doença. 

Comentário: Diabetes é uma doença da alçada da ATENÇÃO PRIMÁRIA. 
Requer  medidas de gerenciamento da patologia por parte da gestão municipal do SUS, assim como gerenciamento de casos nas UBS com acompanhamento regular, agendamento (não se acompanha diabetes por demanda espontânea), visitas domiciliares, busca de faltosos, etc.
A grande maioria dos pacientes tem sido sendo atendida nos Pronto Socorros/UPAS/PAs  durante episódios agudos de doença por conta do manejo inadequado.
A grande maioria dos óbitos precoces se dá por complicações PERFEITAMENTE EVITÁVEIS da patologia.

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