no Blog O Ornitorrinco (Paulo R. Cequinel)
Aos súditos
por *Ge Moustaki
Carta Aberta aos Súditos! (em especial aos dos feudos de Ecoville, Alphaville e Soho Batel, mas se os outros diferenciados quiserem ler – e entender – tudo bem!)
Nunca antes na história deste reino, um governante foi tão vilipendiado quanto o príncipe Charles Albert Richard, o Garboso. A imprensa bolchevista tenta impingir a pecha de inerte e inoperante ao imaculado monarca. Coisa de víboras rastejantes. De pústulas travestidas de jornalistas. Assim agem os comunas, os esquerdelhos, órfãos do Hugo Chaves. Do Mao Tsé-Tung. Amasiados dos irmãos Castro. Financiados pelo ouro de Kim-Jong Un e pela farinha boliviana do Evo Morales. Incapazes de construir algo positivo tentam jogar com sofismas e estatísticas manipuladas. Publicam vitupérios em seus pasquins afirmando que o Reino está quebrado, que o dinheiro não pagará o salário dos lacaios, digo dos Reais Funcionários Públicos. Que não há verba para investimentos.
Mentiras, aleivosias de toda espécie são impingidas a massa ignara. Biltres! Borra-botas! Poltrões! Nunca antes nestas plagas houve um governante tão fértil. De ideias e realizações que fique bem claro. Um governante tão fecundo. De projetos e obras, que dúvida não paire. Este é um reinado que pensa 24 horas por dia, 366 dias por ano, em seus súditos e súditas. As Súditas aliás têm atenção especial. Elas merecem toda a consideração, como cabe a um gentleman. Ele, o monarca bonitaço, inclusive criou uma Real Secretaria para os Negócios das Mulheres. O Príncipe macanudo sempre distinguiu especial atenção aos Negócios das Mulheres. Ele é um aficcionado no assunto. E é por isso que ele desperta tantos sentimentos de gratidão e apreço por parte das súditas. Por conta das campanhas difamatórias contra a figura – de bela envergadura, porte atlético, roupas bem cortadas e sorriso cintilante diga-se – que alguns microcéfalos resolveram encetar contra as atitudes inquestionáveis do nosso amado e portentoso monarca, viemos a público desmontar a maior mentira, a que serve de combustível para os planos nefastos de anarquistas, ateus, cripto-comunistas e afins: “o reino das Araucárias está quebrado”: Bazófia mastodôntica.
Nunca antes na história arrecadou-se tanto. Se gastos há é porque o reino é um impressionante canteiro de obras: a ponte Caiobá-Guaratuba-Ilha do Mel; a sextuplicação da rodovia do Café; o aeroporto internacional de Borrazópolis; a estrada de ferro Paranaguá-Antofagasta (Chile); a octoplicação da BR 277; o porto exportador de Guaraqueçaba; a ampliação da arena da baixada para 250 mil pessoas; a remodelação do estádio do Café (180 mil pessoas); a construção do Pátio Batel; a implantação da fábrica de Maranello (Ferrari) nos 5 conjuntos, em Londrina, o autódromo Internacional de Guarapuava ( o pessoal de lá adora velocidade);as 15 mil escolas padrão Harvard, a polícia padrão Scotland Yard. São obras como estas que fazem deste um governo incomparável. Pelo menos aqui nos trópicos. Progresso semelhante só na Escandinávia e Canadá. Só não vê quem não quer!
Aliás, eu e o amigo Doático (nomeado Arquiduque de Japira), mais o Romanelli (Barão de Goioerê), figuras do círculo restrito de confiança do príncipe, estamos preparando uma manifestação monstra e bestial de apoio ao Real Tribunal de Justiça do amigaço Cleitão, ao Parlamento do chapa Val e ao Real Tribunal de Contas do querido Fabinho. Vamos reunir no mínimo 4 milhões de pessoas para ovacionar o monarca ( o tal do padreco argentino vai se sentir insignficante diante da demonstração de apoio que vamos arregimentar). Serão milhões de vozes entoando o nosso hino cívico: “I will survive” (da Gloria Gaynor). E não adianta difamar! Honra e Glória aos cuecas-de-seda!
Abercrombie and Fitch now!
*G. Must ; antigo requianista, convertido aos encantos do Garboso. Trocou a carta de Puebla pelos cartões American Express Diamond e pelo Diners Special Reserve Plus. Extinguiu a irmandade da camisa azul desbotada e criou a Fraternidade Hugo Boss, destinada a entoar loas aos feitos do Monarca Cheiroso (Fragrância Dolce Gabbana). É leitor voraz da Veja, Men’s Health e da New Yorker. Viciado em roupas de marca, como ternos Ermenegildo Zegna e gravatas Salvatore Ferragamo. Sonha em tornar inglês a língua obrigatória nas escolas públicas do reino. É contra a construção do metrô em Curitiba. Acha que povos de língua portuguesa só podem andar de lotação. De preferência de tração animal. “Por acaso existe subway (metrô) em Lisboa, Maputo ou Cabo Verde? ” argumenta.
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