na FSP
O secretário estadual de Saúde de São Paulo, Giovanni Guido Cerri, pediu demissão na tarde desta quarta-feira (14) ao governador Geraldo Alckmin (PSDB). Ele permanece no cargo até o fim da próxima semana.
Cerri entregou o cargo a Alckmin no Palácio dos Bandeirantes, após cumprir agenda com o governador pela manhã. Ele vinha sofrendo uma série de críticas, mas era bancado pelo tucano. Desde o início deste mês, no entanto, a situação piorou.
Há dez dias a Folha noticiou que Alckmin chegou a convidar o infectologista David Uip para assumir o lugar de Cerri, mas acabou desistindo da mudança após uma conversa com o secretário.
Segundo aliados de Cerri, ele deixa o posto para reassumir a direção da Faculdade de Medicina na USP e a direção-geral do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira.
Os críticos de Cerri, no entanto, afirmam que ele perdeu força no governo após a avaliação de que não seria talhado para o embate político com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), que deverá disputar a eleição contra Alckmin para o Bandeirantes em 2014.
A pessoas próximas, o secretário disse acreditar que dará maior contribuição às discussões sobre a formação de profissionais da saúde e a política de distribuição de médicos pelo país na academia.
Procurado pela reportagem, Cerri disse que não iria comentar o assunto, por se tratar "de um assunto pessoal".
A pressão política sobre Cerri cresceu nos últimos meses, quando ele passou a ser alvo de protestos. Ontem, alguns dos manifestantes que tentaram invadir o Sírio-Libanês pediam a demissão do secretário.
Já na manhã de hoje, ao participar de um anúncio de recursos para a reforma do hospital Emílio Ribas, o secretário e o governador foram hostilizados por funcionários do órgão e profissionais da área ligados ao Sindsaúde (Sindicato dos Trabalhadores Públicos de Saúde do Estado).
Procurada, a assessoria de comunicação do Palácio dos Bandeirantes não respondeu até o momento.
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