no Blog do Tarso
Todo brasileiro, maior de idade, tem direito de beber sua cervejinha, desde que depois não dirija a 190 km/h ou exerça outra atividade que requeira habilidade e envolva a vida das pessoas. Longe de mim fazer um discurso careta e puritano.
O problema é o Poder Público fazer propaganda para uma marca de cerveja.
Familiares de alcoólatras ou de pessoas que morreram por causa de acidentes de automóveis decorrentes de bêbados ou por doenças causadas pelo álcool devem se indignar com cenas como a do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), servindo como garoto propaganda de um produto que é uma droga. Uma droga lícita, mas é uma droga.
Outro problema na foto.
Beto Richa deu vários incentivos à nova fábrica da Ambev que será construída em Ponta Grossa. O governador confessou que a Ambev estava sedenta por benefícios estatais ao extremo, e que alguns deles Richa concedeu.
Esse tipo de benefício eu chamo de “licitação ao contrário”.
Numa licitação, a Administração Pública escolhe a melhor proposta de uma empresa privada para posterior contratação. Ou seja, a melhor proposta privada vence. Nesse tipo de benefício concedido à Ambev, várias cidades e estados correm atrás de empresas privadas e concedem vários benefícios estatais à iniciativa privada. A empresa privada escolhe com quem quer fazer negócio. Isso atende o interesse público?
E o governo Beto Richa não divulgou quais foram os privilégios concedidos à empresa privada. Favor divulgar, em consonância ao princípio da publicidade e a Lei de Acesso à Informação.
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