Mortes por aids diminuem entre a população mundial, mas crescem entre o grupo dos adolescentes. Maioria dos infectados vive em países da África subsaariana.
via DW
O número de mortes de adolescentes com aids subiu quase 50% entre 2005 e 2012, em forte contraste com a queda de 30% registrada no mesmo período se for considerada toda a população mundial, segundo um estudo do Unicef divulgado nesta sexta-feira (29/11) em Nova York.
Segundo o relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância, cerca de 110 mil pessoas entre 10 e 19 anos, portadoras de HIV, morreram em 2012. Em 2005, o número era de 71 mil.
O relatório também afirma que cerca de 2,1 milhões de adolescentes vivem com o HIV, mais de 80% deles na África subsaariana. Quase um terço das novas infecções envolve jovens entre 15 e 24 anos.
O relatório afirma que é necessário aumentar para 5,5 bilhões de dólares os investimentos em "intervenções de alto impacto", o que inclui tratamento antirretroviral, distribuição de camisinhas e estratégias de prevenção entre a população mais pobre. Isso permitiria que 2 milhões de pessoas, a maioria garotas, evitassem a infecção com o HIV. Em 2010 foram investidos 3,8 bilhões nessa área.
"Se as intervenções de alto impacto forem ampliadas através de uma abordagem integrada, podemos reduzir pela metade o número de novas infecções entre adolescentes até 2020. É uma questão de alcançar os jovens mais vulneráveis com programas eficazes, urgentemente", afirma o diretor executivo do Unicef, Anthony Lake.
Progressos entre as gestantes
O relatório também apresentou resultados positivos na luta contra a aids. Entre 2005 e 2012, a taxa de novas infecções entre recém-nascidos caiu pela metade. Em 2005, foram 540 mil novos casos em bebês e, em 2012, cerca de 260 mil. Segundo o relatório, foram evitadas 850 mil infecções em países de renda média e baixa.
Esse resultado foi alcançado principalmente graças ao novo tratamento antirretroviral simplificado, chamado de Opção B+, que possibilita um tratamento mais eficaz para as mulheres que vivem com o HIV e previne a transmissão aos bebês durante a gestação, parto ou amamentação.
"Hoje em dia, o fato de uma mulher grávida viver com o HIV não significa que seu bebê tenha o mesmo destino e não possa levar uma vida saudável", afirma Lake.
A redução do contágio de recém-nascidos aconteceu principalmente na África subsaariana. Entre 2009 e 2012, a taxa caiu 76% em Gana, 58% na Namíbia e 55% no Zimbábue.
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