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segunda-feira, 24 de março de 2014

Tucanistão do Sul: Greve dos servidores da Saúde está longe de terminar

Governo exige que greve acabe para discutir reivindicações

via SindSaude

A reunião de negociação entre a secretária da Administração e da Previdência, Dinorah Botto Portugal Nogara, e diretores do SindSaúde, na tarde desta segunda-feira (24,) terminou sem avanços. O governo acenou só com pequenas promessas, que não contemplam as principais reivindicações, e ainda deixou claro que não pretende negociar enquanto perdurar a greve. Sobre o Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos, que é um dos principais itens de pauta, o governo não apresentou sua proposta, mas já adiantou que o plano que ele estuda não contempla a jornada de 30 horas semanais, não incorpora a Gratificação por Auxílio à Saúde (GAS) e nem Cargo Único. Sem esses pontos, a categoria não aceita o PCCV.

O SindSaúde, por sua vez, não pretende enfraquecer o movimento por causa dessa postura. "Faz três anos que estamos debatendo nossas reivindicações com o governo, sem resultados. Claro que não vamos parar a greve agora, sem ter garantias concretas de avanço", avalia a diretora do sindicato, Elaine Rodella.

Próximos passos - Nesta quarta-feira, os servidores de todo Estado reúnem-se em Curitiba, na praça Santos Andrade, a partir das 8 horas para um grande ato público da categoria. Às 15 horas, está agendada uma Assembleia Geral Extraordinária, em frente ao Palácio Iguaçu, para avaliar a situação e definir os rumos do movimento.

Na segunda semana de greve, a adesão continua forte em todo Estado. Na avaliação do SindSaúde, 70% dos servidores aderiram ao movimento.

Trabalhadores da saúde sofrem diariamente com o caos na saúde pública

No dia a dia, os trabalhadores e pacientes se deparam com várias situações inaceitáveis, que vão desde a falta de copos descartáveis e falta de água em alguns setores, obrigando muitos trabalhadores e usuários a tirarem dinheiro do bolso para repor esses materiais, até a falta de kits para realização de exames, como toxoplasmose (que é obrigatório para gestantes), HIV e sífilis. Isso acontece no Lacen, o maior laboratório do Paraná. Nos laboratórios dos hospitais do Estado ainda faltam reagentes para realização de simples exames como glicose e urina.

Em Londrina, por sua vez, os hospitais estão sem roupas para os pacientes por falta de pagamento das lavanderias contratadas. Em Francisco Beltrão, também por falta de pagamento, a empresa que fazia o controle de radiação do raio-x parou com o serviço.

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