Ministério da Saúde apresenta os impactos do programa na assistência à população em seminário com gestores de municípios da região de Curitiba. Em menos de um ano, a iniciativa ampliou em 868 o número de médicos no estado do Paraná, beneficiando 2,9 milhões de pessoas.
Em menos de um ano, o Programa Mais Médicos já impacta na assistência à população de municípios do Paraná. Levantamento feito pelo Ministério da Saúde em cidades próximas à capital que participam do programa aponta crescimento de 117,8% no número de atendimento a pessoas com hipertensão nas unidades básicas de saúde. Em janeiro de 2014, foram contabilizadas 26.105 consultas contra 11.988 no mesmo período do ano anterior, quando a população ainda não contava com o reforço dos profissionais do Mais Médicos.
Por meio do Programa, o estado do Paraná ampliou em 868 o número de médicos atuando na atenção básica de 308 municípios e 01 distrito indígenas. O Ministério da Saúde atendeu 100% da demanda por médicos apontada pelos municípios e superou a meta inicialmente estabelecida. Atualmente o Mais Médicos garante assistência médica nas unidades básicas de saúde para mais de 2,9 milhões de paranaenses.
Os impactos do Programa no estado foram apresentados pelo Ministro da Saúde, Arthur Chioro, nesta segunda-feira (30), em Curitiba, durante o Seminário Mais Médicos para o Brasil, Mais Saúde para os Brasileiros. O evento reuniu prefeitos e secretários de saúde de 65 cidades próximas a capital do estado. Esses municípios contam com 315 médicos do Programa impactando na assistência à saúde de mais de um milhão de pessoas. “Os dados são impressionantes. Aqui no Paraná tivemos um aumento significativo no atendimento a pacientes hipertensos, pessoas com diabetes e também na saúde mental. Além disso, tivemos uma redução de quase 70% nos encaminhamentos para os hospitais, o que representa a alta resolutividade da atenção básica”, ressaltou o Ministro.
Esse é um dos vários seminários que estão sendo realizados pelo governo federal em todo país para debater com gestores públicos os primeiros impactos do Mais Médicos na assistência da população que vive nas cidades beneficiadas pela iniciativa. Levantamento feito pelo Ministério da Saúde em mais de dois mil municípios que contam com pelo menos um médico do Programa servirão de base para essa discussão. São dados dos sistemas de acompanhamento da atenção básica (Siab e eSUS), alimentados pelas secretarias de saúde de todo o país.
MAIS ASSISTÊNCIA – Nas cidades próximas a Curitiba, além do atendimento a pessoas com hipertensão, os atendimentos de pré-natal também tiveram aumentos significativos e registraram crescimento de 98,2% (de 10.441 para 20.695). Os atendimentos em saúde mental passaram de 9.088 em janeiro de 2013 para 16.602 em janeiro de 2014 (crescimento de 82,7%) e os atendimentos de pessoas com diabetes somaram 61.052 contra 36.603 em 2013, registrando alta de 66,8%. Também observou-se aumento de 64,2% de consultas por demanda agendada (50.492 em 2013 contra 82.908 em 2014); 28,5% de consultas por cuidado continuado (32.997 contra 42.406) e 23,5% nos atendimentos por demanda imediata (24.017 contra 29.667). Os encaminhamentos para hospitais registraram queda de 57,6% (559 em 2013 contra 237 em 2014), indicando maior resolutividade na atenção básica. “Com o Mais Médicos agimos na ponta, mas o reflexo do trabalho dos profissionais rebatem inclusive em melhorias para os serviços de emergência ”, ressalta Arthur Chioro.
Em todo o estado do Paraná também se observa impactos positivos após o início dos profissionais do Mais Médicos. Além do crescimento de 56,3% no número de consultas de pré-natal (18.983 em 2013 para 29.663 em 2014), houve aumento de 44,1%, nos atendimentos a diabéticos (passaram de 33.062 em janeiro de 2013 para 47.650 no mesmo período em 2014) e 42,9% no número de atendimentos a saúde mental (19.108 para 27.304). A quantidade de consultas por demanda imediata também aumentou 14,1%, passando de 76.990, em janeiro de 2013 para 87.871 em janeiro de 2014, indicando maior resolutividade na atenção básica.
No país, o número geral de consultas realizadas na Atenção Básica cresceu quase 35% no mesmo período – foram 5.972.908 em janeiro de 2014 contra 4.428.112 em janeiro de 2013. Entre esses atendimentos, teve destaque o de pessoas com diabetes, que aumentou cerca de 45% - passou de 587.535, em janeiro de 2013, para 849.751 em janeiro de 2014. Os atendimentos de pacientes com hipertensão arterial aumentaram em 5% no mesmo período, e as consultas de pré-natal, em 11%. O encaminhamento a hospitais diminuiu em 20%, passando de 20.170 para 15.969.
O governo federal já superou a meta de levar médicos para os municípios de todo o país que aderiram ao Programa Mais Médicos. Atualmente mais de 14 mil profissionais atuam em cerca de 4 mil cidades. A maioria (75%) dos médicos está em regiões de grande vulnerabilidade social, como o semiárido nordestino, periferia de grandes centros, municípios com IDHM baixo ou muito baixo e regiões com população quilombola, entre outros critérios de vulnerabilidade.
MAIS MÉDICOS – Lançado em julho de 2013 pela presidenta Dilma Rousseff, o Programa Mais Médicos faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do SUS, com o objetivo de aperfeiçoar a formação de médicos na Atenção Básica, ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país e acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e unidades de saúde.
Os profissionais do programa cursam especialização em atenção básica, com acompanhamento de tutores e supervisores. Para participar da iniciativa, eles recebem bolsa formação de R$ 10,4 mil por mês e ajuda de custo pagos pelo Ministério da Saúde. Em contrapartida, os municípios ficam responsáveis por garantir alimentação e moradia aos participantes.
Além da ampliação imediata da assistência em atenção básica, o Mais Médicos prevê ações estruturantes voltadas à expansão e descentralização da formação médica no Brasil. Até 2018, serão criadas 11,4 mil novas vagas de graduação em medicina e mais de 12 mil novas vagas de residência médica. “O Programa Mais Médicos tem outros dois componentes tão importantes como garantir o médico na equipe de saúde da família, que são investimentos na infraestrutura e ampliação de vagas e faculdades de graduação e residência em medicina, que vai nos permitir progressivamente substituir esses médicos que estão vindo de fora por médicos formados no Brasil para atender em todos os pontos do SUS com prioridade na atenção básica”, finaliza o Ministro.
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