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quinta-feira, 26 de junho de 2014

Programa Mais Médicos reduz em 96,9% encaminhamentos para hospitais

O Ministério da Saúde apresentou os impactos do programa na assistência à população em seminário com gestores da região paulista de Bauru. Em menos de um ano, a iniciativa ampliou em 2.187 o número de médicos no estado de São Paulo, beneficiando 7,5 milhões de pessoas

Em menos de um ano, o Programa Mais Médicos já impacta na assistência à população dos municípios próximos ao município de Bauru. Levantamento feito pelo Ministério da Saúde nas 74 cidades desta região que participam do programa aponta significativa redução no número de encaminhamentos das unidades básicas a hospitais, o que aponta para uma maior resolubilidade na Atenção Básica. Em janeiro de 2014, foram contabilizados 41 encaminhamentos na região, contra 1.330 no mesmo período do ano anterior, quando a população ainda não contava com o reforço dos profissionais do Mais Médicos. Juntos, esses municípios receberam 162 médicos do Programa.

Por meio do Programa, o estado de São Paulo ampliou em 2.187 o número de médicos atuando na atenção básica de 345 municípios. O Ministério da Saúde atendeu 100% da demanda por médicos apontada pelos municípios e superou a meta inicialmente estabelecida. Atualmente, o Mais Médicos garante assistência médica nas unidades básicas de saúde para mais de 7,5 milhões de paulistas.

Os impactos do Programa no estado foram apresentados pelo Ministro da Saúde, Arthur Chioro, nesta sexta-feira (13), em Bauru, durante o Seminário Mais Médicos para o Brasil, Mais Saúde para os Brasileiros. O evento reúniu prefeitos e secretários de saúde dos municípios de 74 municípios próximos ao município. “São 7 milhões e meio de paulistas que não tinham direito à atendimento básico de saúde e que agora passam a ter a saúde mais protegida. À medida em que a Atenção Básica começa a funcionar com qualidade em todo estado, aliás em todo o país, diminui o número de pessoas que procuram os hospitais” garantiu Chioro.

Esse é um dos vários seminários que estão sendo realizados pelo governo federal em todo país para debater com gestores públicos os primeiros impactos do Mais Médicos na assistência da população que vive nas cidades beneficiadas pela iniciativa. Levantamento feito pelo Ministério da Saúde em mais de dois mil municípios que contam com pelo menos um médico do Programa servirão de base para essa discussão. São dados dos sistemas de acompanhamento da atenção básica (Siab e eSUS), alimentados pelas secretarias de saúde de todo o país.

MAIS ASSISTÊNCIA – Além de reduzir o número de encaminhamentos na região de Bauru, o Mais Médicos também promoveu o aumento dos atendimentos de urgência em 74,2% – passou de 132 consultas em janeiro de 2013, para 230 em janeiro deste ano. Também cresceram os atendimentos de usuários de drogas, que aumentaram em 20% no mesmo período (de 15 para 18), e de usuários de álcool, que apresentou crescimento de 15,2% (de 33 para 38).

No estado de São Paulo, além do crescimento de 5,7% nos agendamentos de consultas (304.094 para 321.346), observou-se aumento de 15,1%, na quantidade de atendimentos em saúde mental (passaram de 16.737 para 19.262, no mesmo período), de 12,9% no atendimento a pacientes com diabetes (71.116 para 80.305). Também foi registrada redução de 70% na quantidade de encaminhamentos para hospitais, que passou de 1.893 encaminhamentos em janeiro de 2013, para apenas 568 em janeiro deste ano.

Em todo o país, o número geral de consultas realizadas na Atenção Básica cresceu quase 35% no mesmo período – foram 5.972.908 em janeiro de 2014 contra 4.428.112 em janeiro de 2013. Entre esses atendimentos, teve destaque o de pessoas com diabetes, que aumentou cerca de 45% - passou de 587.535, em janeiro de 2013, para 849.751 em janeiro de 2014. Os atendimentos de pacientes com hipertensão arterial aumentaram em 5% no mesmo período, e as consultas de pré-natal, em 11%. O encaminhamento a hospitais diminuiu em 20%, passando de 20.170 para 15.969.

O governo federal já superou a meta de levar médicos para os municípios de todo o país que aderiram ao Programa Mais Médicos. Atualmente mais de 14 mil profissionais atuam em cerca de 4 mil cidades. A maioria (75%) dos médicos está em regiões de grande vulnerabilidade social, como o semiárido nordestino, periferia de grandes centros, municípios com IDHM baixo ou muito baixo e regiões com população quilombola, entre outros critérios de vulnerabilidade.

MAIS UPAS EM BAURU – O ministro da saúde, Arthur Chioro, anunciou durante o Seminário, a qualificação de três Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24 horas) em Bauru, na região centro-oeste do estado de São Paulo. O processo de qualificação das UPAS, que passam a receber um aumento no incentivo de custeio mensal, é um reconhecimento do Ministério da Saúde a excelência no atendimento do município. “Nós construímos três Upas com recursos tanto do governo federal como da prefeitura. E temos a responsabilidade de manter essas UPAs funcionando. Estamos liberando mais de cinco milhões por ano, ajudando a prefeitura de Bauru a manter as UPAs Bela Vista, Redentor e Ipiranga, que são extremamente importantes para o sistema de urgência da cidade de Bauru”, informou o ministro.

Para receber essa qualificação, o município precisa comprovar, dentre outros fatores, a cobertura da Atenção Básica à Saúde de, no mínimo, 50% da população da cidade, a cobertura do SAMU, um plano de ação regional de atenção integral às urgências e a comprovação do desenvolvimento de atividades de educação permanente na saúde. A qualificação é válida por dois anos, podendo ser renovada após novo processo de avaliação.

A UPA Bela Vista, de porte III, com capacidade para atender até 450 pacientes por dia, receberá custeio de R$ 500 mil por mês. A UPA Geisel/Redentor, de porte II, com capacidade para atender até 300 pacientes por dia, receberá R$ 300 mil por mês. E a UPA Ipiranga, de Porte I, com capacidade para atender até 150 pacientes por dia, receberá R$ 170 mil por mês.

As UPAs 24h estão inseridas na rede Saúde Toda Hora, que está reorganizando a atenção às urgências e emergências no Sistema Único de Saúde (SUS).

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