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sexta-feira, 11 de julho de 2014

Com apoio da OPAS, Unidade de Saúde em Pernambuco volta a funcionar após quatro anos sem médicos


Alberto Vicente Osorio Douglas e sua esposa chegaram ao Brasil em 2013 para trabalhar na Unidade de Saúde da Família São Domingo (PE). Foto: OPAS

na ONU-BR


Há quatros anos a Unidade de Saúde da Família São Domingo, no município de Brejo da Madre de Deus, em Pernambuco, não tinha médicos a disposição da população. Quando precisavam, se tivessem dinheiro e tempo, seus habitantes viajavam para outras cidades para obter atendimento.

No entanto, essa realidade mudou com a chegada ao município de médicos cubanos, através de um acordo de cooperação com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o escritório regional da OMS para as Américas, que facilita a mobilização internacional de médicos estrangeiros no país.

“Antes não era bom, não. Faltava médico, faltava medicamentos, tinha que ir muito longe para ver um médico. Agora tudo mudou”, disse Maria do Carmo Berlamino Noé, moradora do município que já viajou horas para uma policlínica mais próxima para receber atendimento médico e agora é atendida pela médica cubana Teresa Rosales Fonseca.

Teresa e seu marido, Alberto Vicente Osorio Douglas, que é especialista em medicina familiar integral, chegaram ao Brasil em outubro de 2013 e inicialmente fizeram aulas de português e receberam informações sobre o Sistema Único de Saúde (SUS). Hoje, os dois atendem cerca de 500 pacientes no município por mês cada um e fazem parte dos cerca de 700 profissionais de saúde que estão atuando em todo o estado de Pernambuco

Fechando a brecha entre a população e a atenção


Para a médica cubana, formada pelo Instituto Superior de Medicina de Cuba em 1990, a aceitação no município foi surpreendentemente inesperada, relatando como os idosos “se ajoelhavam e agradeciam a Deus pela chegada de um médico à comunidade”. Segunda ela, as doenças predominantes na comunidade são hipertensão e diabetes. “Todas são preveníveis, mas eles passaram muito tempo sozinhos, sem médico e, talvez, sem muita informação.” Teresa afirmou que a verdadeira medicina é a que chega antes da doença, “a que trabalha na prevenção e promoção da saúde”.

“Um médico que trabalha oito horas é um sonho”, afirmou uma das agentes de saúde da unidade, Osmani Maria Da Silva, destacando o trabalho de Alberto. Para a enfermeira Luciana, “antes, qualquer caso de febre precisava ser encaminhado, mas agora não. O médico está contribuindo muito para o posto de saúde, e apesar de ser cubano, fala muito bem o português; a população gosta muito dele e não tem problemas para entendê-lo”, garantiu ela, ressaltando que agora está menos sobrecarregada de trabalho e que os pacientes se consultam mais.

Atualmente, mais de 14 mil médicos estrangeiros, a maioria cubanos, fazem parte deste acordo e seus serviços já chegam a 48,6 milhões de pessoas. Saiba mais clicando aqui.

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