Casal esperou um mês até que a Justiça
determinasse ao cartório a realização do registro no nome do casal. As
duas mães do menino nascido em outubro vivem em um assentamento do MST,
em Catanduvas (SC).
Casadas há um ano e meio e juntas há oito anos, a professora de Geografia Daiane Maria Paz e a agricultora Mariana Cutis Arante comemoram a dupla maternidade do filho Pedro. Daiane deu à luz no dia 24 de outubro e o casal esperou um mês até que a Justiça determinasse ao cartório a realização do registro no nome do casal.
De São Paulo, da Radioagência BdF, Leonardo Ferreira.
As
duas mães vivem em um assentamento do Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra (MST), em Catanduvas (SC). Este é o primeiro do tipo na
cidade. Para Daiane, o reconhecimento da dupla maternidade abre a
oportunidade para decisões similares a outros casais.
“A gente
conseguiu o registro da dupla maternidade. Reconhecer a família das
crianças é um passo importante para garantir os seus direitos. Para nós
foi uma vitória que precisa ser comemorada.”
O casal desistiu de
adotar uma crinça quando descobriu que a fila de espera poderia durar
até quatro anos. Daiane aponta ainda que a decisão da justiça abre
precedente para que outros casais busquem o reconhecimento.
“Quanto
mais casos, mais vai se pressionando para construir uma legislação
específica. A gente tem enfrentado dificuldades tanto no congresso
quanto no judiciário, mas a gente tem caminhado. Cada vez que constrói
um processo que consegue uma vitória dessas, é um tijolinho a mais na
construção dessa política, desses direitos.”
No fim de 2013 Daiane fez uma fertilização in vitro
através de um projeto de reprodução assistida popular de São Paulo. Em
fevereiro, ela e a companheira se mudaram para a cidade onde nasceria o
bebê.
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