Cena 1:
Alguns meses atrás, meu filho e eu assistindo TV e aparece uma coletiva do Elcio Franco, o milico que então ocupava o cargo de secretário executivo do Ministério da Saúde.
Falei com meu filho: "Tira o som e olha a postura corporal do cara sem escutar o lero-lero que ele está falando".
Dito e feito. Ficava claro que o sujeito (que era o número dois do ridículo Pazuello) não tinha idéia sobre o que estava falando. Não olhava para as câmeras, a postura era de um cara acuado que estava ali participando de uma encenação burlesca, tentando justificar o injustificável.
Patético.
Cena 2:
O governo monta uma força-tarefa tentando se preparar para enfrentar a CPI da Pandemia.
Os "jênios" da equipe governamental montam uma planilha de Excel listando todos os pecados que o desgoverno Bolsonaro cometeu no enfrentamento da pandemia. Inacreditavelmente são listados 23 itens, desde o genocídio dos povos indígenas até a "militarização" do ministério da saúde. Chegam a envolver na meleca o ministro Paulo Guedes, que até então estava sendo blindado.
Sim! É isso mesmo! O próprio desgoverno lista a militarização do ministério da saúde (Elcio Franco e Pazuello incluídos) como sendo um PECADO.
Acontece que na lista elaborada pela equipe de "jênios" constam mais irregularidades do que as elencadas pela própria CPI.
A CPI havia listado apenas 18 "pecados"...
Mas não acaba aqui a trapalhada. A tal da lista que, imagina-se, deveria ser um documento reservado, foi encaminhada aos ministérios responsáveis por apresentar explicações/defesas por e-mail. Isso mesmo: Documento reservado encaminhado POR E-MAIL!
Resultado previsível até pela minha bisavó Dona Loloca: A lista vazou.
Randolfe Rodrigues, o vice-presidente da CPI adorou a história e já incorporou a lista vitaminada aos documentos da Comissão.
Daí vocês me perguntam: O que é que a Cena 1 tem a ver com a Cena 2?
Respondo:
O coordenador da força-tarefa, o "jênio" responsável pela lista que está servindo como munição para a oposição, o cara que deu o tiro no pé do próprio desgoverno atende pelo nome de... Elcio Franco.
A mediocridade é endêmica no desgoverno Bolsonaro.
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