Por beto ruschel no Nassif
Há uma cidade, um "povinho", de 4000 almas na fronteira com o Uruguai. Como não é o destino de ninguém, o lugarl parece que parou no tempo. Seus habitantes se orgulham porque, em Herval, não tem semaforo..
Conhecida pelos bifes Édio, grande figura humana, dono do bar mais típico, se é que ali tudo já não seja típico, de alguns anos para cá a cidade foi ficando mais popular: Nos janeiros, se festejam os Rodeios Crioulos, mais "crioulos" do Rio Grande do Sul. Na festa, a tradição impera.
Num verão, cheguei de viagem já pela onze da noite e fui direto pro Bar do Édio. Coloquei a moto no cavalete, e entrei direto "pros fundos".
Na mesa redonda da diretoria, como sempre os amigos da casa. Mas, naquela noite tinha visita.
Bem sentada, rechunchuda, olhos fechados, o pala vermelho e a caneca do Édio – que eu "conhecia" bem – na mão, Mercedes Sosa respirava cantando cuidadosa por sobre a silêncio respeitoso de todos… medindo o poder da voz, adequava a emissão das notas ao tamanho da sala.
Nesta noite que ficou dia com ela cantando e as canções "políticas" não apareceram…
Sua presença ali, seu carinho e integração às pessoas daquele lugar tão perdido e simples, evidenciava concreta, sua ligação com a alma do povo latino-americano.
Fica a sugestão do vídeo: clique aqui.
Como diz letra, Mercedes sempre perigrinou buscando por um sonho lindo e longínquo. Mas…
"As vezes sou como o rio, chego cantando
e sem que ninguém o saiba, saio chorando…"
Dividindo, acabei peregrinando pela emoção desse lembrança.
Boa audição aos amigos!
Fica a sugestão aqui…
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