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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

1 bilhão de pessoas não pode pagar pela saúde, diz OMS

Em relatório sobre a questão do atendimento médico, a agência da ONU afirmou que todos os países - ricos ou pobres - poderiam se empenhar mais no sentido de oferecer atendimento universal
Agência Reuters via Gazeta do Povo
Cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo todo não tem condições de arcar com gastos relativos à saúde, e cerca de 100 milhões caem na pobreza todos os anos por causa desse tipo de gasto, disse a Organização Mundial da Saúde nesta segunda-feira.

Em relatório sobre a questão do atendimento médico, a agência da ONU afirmou que todos os países - ricos ou pobres - poderiam se empenhar mais no sentido de oferecer atendimento universal.
O texto propõe que os governos melhorem a eficiência dos seus sistemas de saúde e usem novos impostos e medidas inovadoras de arrecadação para financiar isso.
Índia, por exemplo, poderia arrecadar 370 milhões de dólares por ano se impusesse uma taxa de 0,005 por cento sobre transações cambiais.
Gabão, no ano passado, obteve 30 milhões de dólares para a saúde com a adoção de um imposto de 1,5 por cento sobre empresas que fazem remessas financeiras, e 10 por cento sobre operadores de telefonia celular.
Segundo a OMS, 20 a 40 por cento dos gastos com saúde acabam sendo desperdiçados - na compra de medicamentos caros e desnecessários, ou pela ineficiência hospitalar, por exemplo.
O estudo acrescenta que metade de todos os remédios no mundo são prescritos, distribuídos ou vendidos inadequadamente, e que metade dos pacientes não tomam os remédios conforme a receita.
O melhor uso dos medicamentos poderia representar uma economia de até 5 por cento nos gastos nacionais com saúde, diz a OMS.

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