no Noblat
Do leitor do blog que se assina Pholmes
Pois pergunte a qualquer alemão o que ele acha do Brasil. Duvido que fale da corrupção. O que chama a atenção é a absurda desigualdade entre uma classe média que se acha superior (e que costuma ser nós mesmos, que lemos esse blog) e uma massa de pobres que não fazem parte da sociedade.
Moro na Alemanha há 4 anos, e sempre fica difícil explicar o inexplicável: o fato de que, no Brasil, tem gente que ganha mais que a média alemã (e costuma se "revoltar" com a política) e outros 60% que ganham muito menos de 800 euros por mês, a linha da pobreza por aqui.
Ontem, aconteceu novamente. Um alemão que conhece o Brasil razoavelmente me veio com o comentário: essa história de corrupção é uma forma que os poderosos têm para não chamar a atenção para seus próprios privilégios...
Eu disse: não, porque eu também me indigno com a corrupção.
Ele respondeu: Mas tu te achas o que? Pobre? Falas quatro línguas, ganhas bem e moras no exterior...
Bem, eu tive que concordar.
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