no Blog da Gleisi Hoffmann
Hoje celebramos o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher. Este tipo de violência afeta mulheres independente da classe social, cor, idade ou religião. Um mal que pode ser combatido com políticas de igualdade de gênero, campanhas educativas, com mudança na educação de nossos filhos, dando a eles exemplo de respeito às mulheres. Se queremos uma sociedade pacífica, a paz deve começar nas relações familiares, dentro de nossa casa.
A Pesquisa Mulheres Brasileiras nos Espaços Público e Privado, realizada em 2010 pela Fundação Perseu Abramo, indica que uma em cada cinco mulheres considera já ter sofrido alguma vez algum tipo de violência de parte de algum homem, conhecido ou desconhecido. O parceiro, marido ou namorado, é o responsável por mais de 80% dos casos reportados.
A Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 -, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, contabiliza, desde sua criação em abril de 2006 até junho deste ano, quase 2 milhões de atendimentos. Durante esse período houve mais de 237 mil relatos de violência à mulher.
O medo continua sendo a razão principal para evitar a denúncia dos agressores. As delegacias especializadas de atendimento à mulher, que somam 466 em todo o Brasil, são lugares que dão assistências às mulheres que têm coragem de mudar de situação.
Uma das principais conquistas femininas no Brasil, sobretudo do ponto de vista legal, depois do voto, foi a sanção da a Lei Maria da Penha. Seus resultados são positivamente sentidos e merecem o respeito da sociedade. A violência contra a mulher é crime inafiançável. E para que não houvesse interpretações equivocadas, em fevereiro deste ano, ainda como senadora apresentei o Projeto de Lei nº 49, que prevê explicitamente que a suspensão condicional de processo não poderá ser concedida nos casos de crime cometido com violência doméstica ou familiar contra a mulher, nos termos da Lei Maria da Penha. Aprovado em caráter terminativo na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado (CCJ), tramita na Câmara dos Deputados.
Não poderia deixar de mencionar também uma recente conquista das donas de casa, que dedicam seu tempo para cuidar dos filhos, dos maridos e dos afazeres do lar. Com a sanção da Lei 12.470, em agosto, elas passaram a contribuir com 5% do salário mínimo para a Previdência Social. Antes, esse percentual era de 11%. Esta também foi uma das minhas bandeiras no Senado Federal.
Nós mulheres já conquistamos mais espaço. Hoje temos voz na vida política. A Nação é chefiada por uma mulher, uma pessoa firme, determinada e focada. A presidenta Dilma é uma das mais competentes governantes que conheci, que também confiou nas mulheres para chefiarem vários ministérios do governo federal.
Para mim, mais que um orgulho pessoal fazer parte desta equipe, é mostrar que as mulheres podem fazer a diferença. Portanto, não podemos ser vencidas pelo silêncio, medo ou ameaça. Vamos dizer não à violência contra a mulher.
Mário, nos áureos tempos de juventude, ao questionarem por qualquer motivo - "mas você não é macho?" - aos colegas de colégio ou mesmo amigos, respondia NÃO! Pois até cachorro ou rato são! Eu pretendo ser Homem!
ResponderExcluirDurante a vida, muitas vezes não cumpri com esta minha vontade, mas procurei sempre que tinha lucidez, ao invés de agir como um cão ou um rato, agia como homem.
Vou lhe contar um segredo: sou casado com uma mulher excepcional, companheira, amiga, muito boa amante, que trabalha fora (eu já estou aposentado)! Pois quase todos os dias lhe faço surpresas lavando as louças, cuidando das roupas, limpando a casa (enquanto espero o meu pc lentinho me responder) e o resultado é um carinho sem fim que recebo dela! Os machões que se cuidem, não há mais espaços para eles no mundo!